04/12/06

"Limites" Crónica d'O Jogo de Jorge Maia

O FC Porto tem o melhor ataque do campeonato com 26 golos marcados; tem a melhor defesa da prova com apenas sete golos sofridos; é a equipa mais disciplinada do campeonato com apenas 24 amarelos e sem nenhuma expulsão; conta sete vitórias consecutivas nos últimos jogos e já não perde há dez; tem cinco pontos de vantagem sobre o Sporting e nove sobre o Benfica, que podem ser seis ou oito depois dos encarnados receberem o Belenenses, mas também podem ser mesmo nove. Num campeonato que encolheu para 16 equipas, uma vantagem de cinco pontos ao fim de 12 jogos pode não ser decisiva, mas é certamente reconfortante, deixando os portistas numa posição privilegiada quando faltam apenas três jogos para o final da primeira volta do campeonato. E é numa altura em que atravessam este indiscutível bom momento de forma que têm pela frente a segunda final da temporada - ganharam a primeira ao Setúbal, conquistando a Supertaça - e um dos jogos mais importantes da época. A recepção ao Arsenal vai ditar o futuro da equipa na Europa. O apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões está à distância de um ponto - pode até dispensá-lo se o Hamburgo conseguir vencer o CSKA na Alemanha - e pode significar um importante desafogo financeiro. Mas mais do que isso, muito mais do que isso, este FC Porto que foi a Hamburgo e a Moscovo ganhar de forma clara e que domina o campeonato português, parece cada vez mais uma equipa capaz de discutir olhos nos olhos com qualquer adversário, tanto no Dragão como fora. Se se juntar a isso o reforço que significará o regresso de Anderson às opções de Jesualdo no início do próximo ano, quem sabe se o céu não volta a ser o limite?
O costume
Este jogo vai ser muito difícil, mas vamos fazer o costume: jogar para ganhar. Nós também temos grandes jogadores na nossa equipa e cada triunfo dá-nos mais confiança.
Quaresma, jogador do FC Porto

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