28/06/08

Os bilhetes e as notícias de blogue

É recorrente e não surpreende, mas continua a esticar os níveis da decência. Assume-se como imparcial, pavoneia um cargo de chefia e tem direito a foto como enviado-especial ao Europeu. A sua missão, todavia, continua destapada. Hoje, nem uma linha sobre o campeonato da Suíça e da Áustria. Em contrapartida, muitas linhas em jeito de post num blogue vermelho. Será para isto que A Bola paga pernoitas a José Manuel Delgado?
Há clubes que querem ganhar direitos desportivos na secretaria e, pelos vistos, há também jornalistas que se dispõem a tudo para assumir a titularidade fora dos relvados, na defesa de um emblema, depois de anos a fio no banco de suplentes. Fica mal. A ambos. Mesmo que ambos partilhem os mesmos ódios.
O caso dos bilhetes, hoje difundido no jornal A Bola, explica-se em três parágrafos. E diz tudo sobre a índole de quem o cria e de quem o difunde.
Para que conste, quando emitiu a «Informação dos Preços dos Bilhetes» para o jogo com o F.C. Porto, o SLB definiu que, para o Piso 0 das Bancadas Coca-Cola/Sagres, os preços dos bilhetes destinados ao público seriam, respectivamente, 22 e 30 Euros, consoante se destinassem ao Piso 0 Inferior ou ao Piso 0 Superior. Na hora de enviar os ingressos para a F.C. Porto – Futebol, SAD, todavia, remeteu bilhetes de ambos os pisos, mas ao preço unitário de 30 Euros, facto que levou a LPFP a solicitar a rectificação do preço ou a substituição dos ingressos.
Como é seu apanágio, e apesar de o clube visitado não ter acatado a ordem da LPFP, enviando uma factura errada, a F.C. Porto – Futebol, SAD remeteu um cheque de 60.410 Euros, no dia 4 de Janeiro de 2008, para a liquidação dos ingressos facturados, com excepção daqueles respeitantes à Bancada Coca-Cola Piso 0, uma vez que ainda não estavam definidos os seus valores. O cheque foi devolvido pelo SLB a 13 de Fevereiro de 2008.
Face a este impasse, a Comissão Disciplinar da Liga optou pela justiça salomónica e multou os dois clubes. A F.C. Porto – Futebol, SAD decidiu, então, dirimir os seus argumentos em sede de recurso no Conselho de Justiça da FPF.
Este processo é tão cristalino como a cor clubística de quem agora o recupera em jeito de grande furo (?) jornalístico. O incumpridor é o SLB; o cumpridor e desavergonhado é o de sempre. É assim que a bola continua a rolar em Portugal.

Fonte: Site Oficial

25/06/08

"Biombo de notícias" Crónica d'O Jogo de Hugo Sousa

Não queria exagerar, mas acho que metade da papelada espalhada aqui pela secretária, numa espécie de biombo de papel que quase me permite proclamar a independência do resto da redacção, tem nomes de jogadores associados ao FC Porto. Separadas em dois montes: o das saídas e o das entradas. Ontem, esses montes ganharam mais umas quantas folhas, num ritmo que se intensifica à medida que se vai aproximando o início oficial da época.
Interpretar sinais claros no meio desse fumo é uma tarefa que comporta alguns riscos de pontaria. Os espanhóis costumam ter uma táctica menos reservada a respeito das dicas que surgem: são todas verdadeiras até prova em contrário. Se calhar, o princípio não é assim tão mau como parece. Voltando ao FC Porto, Lucho é capaz de ser um bom exemplo disso. Escreveu-se no ano passado que Valência e Villarreal o queriam; a novela prosseguiu, entre avanços e recuos, mas a verdade é que Lucho não saiu do FC Porto. A pergunta é: o resto deixa de ser notícia por isso? Um ano depois, foi o próprio Lucho quem detalhou e conferiu credibilidade a tudo o que se escreveu na altura: sim senhor, esteve com um pé no Villarreal e outro no Valência. Um de cada vez, claro. Este ano, a garantia é que fica. Não importa, porque há outros enredos paralelos a tornar o defeso num período irresistível. Quaresma, por exemplo.
O problema dos sinais de fumo é chegarem muitas vezes fora de tempo ou resultarem de labaredas múltiplas.

Contagem
Depois do tri é o tetra. No hóquei é que estão adiantados em relação ao futebol. Vão para o segundo tetra.
Pinto da Costa, sobre a próxima época

Equipa de vencedores com continuidade assegurada

Ainda no rescaldo de mais um triunfo histórico do hóquei em patins portista, a formação Heptacampeã Nacional vai reunir-se com Jorge Nuno Pinto da Costa, num evento que assinalará a renovação de contrato de toda a equipa para a época 2008/09. Todo o plantel e equipa técnica, para além da direcção da secção e do presidente do F.C. Porto, vai marcar presença na conferência de imprensa, marcada para as 12 horas desta quinta-feira, no Auditório do piso -3 do Estádio do Dragão.
A reunião da equipa portista, que no passado fim-de-semana selou a conquista do sétimo título nacional consecutivo, com o presidente azul e branco, surge na sequência de mais um feito inédito na história da modalidade.
Para além das felicitações em torno do êxito alcançado, Jorge Nuno Pinto da Costa vai igualmente assinalar a renovação do vínculo de todos os atletas da formação portista, tendo em vista a revalidação do sucesso na temporada 2008/09.

Fonte: Site Oficial

Coloque uma questão aos Heptacampeões

A equipa de hóquei em patins do F.C. Porto reforçou o seu estatuto inesquecível com a conquista do Heptacampeonato. Sete títulos consecutivos coroam o Dragão como rei da modalidade, reforçando uma faceta de sucesso que já pulou fronteiras. Para eternizar esta alegria, o www.fcporto.pt confere-lhe a possibilidade de colocar uma questão ao treinador Franklim Pais e aos jogadores Filipe Santos e Reinaldo Ventura. Inspire-se!
Envie as suas questões até às 12h00 da próxima segunda-feira, 30 de Junho, para o endereço de mail entrevistasfcp@sportmultimedia.pt . Uma vez analisadas todas as perguntas, será feita uma triagem das mais originais para, posteriormente, serem colocadas aos Heptacampeões e publicadas no site oficial.
Nota: Não se esqueça de indicar o seu nome, localidade, número de sócio, caso seja, e a quem se dirige a sua pergunta.

"Definição de reforço" Crónica d'O Jogo de Hugo Sousa

É improvável que Bosingwa e Paulo Assunção sejam as únicas baixas no núcleo duro de Jesualdo, mas esses dois exemplos chegam para antecipar uma certeza: esta época, a definição de reforço é capaz de mudar. Bem sei que no ano passado, por esta altura, desconfiava-se do mesmo devido às saídas de Anderson e Pepe. Sobretudo este. A coisa acabou por compor-se com soluções internas, permitindo a Jesualdo ganhar fôlego para desvalorizar o peso dos reforços e atenuar reticências que se levantaram sobre algumas das apostas. Desta vez, duvido que o processo seja assim tão pacífico: as saídas de Bosingwa e Paulo Assunção sugerem um ataque sério a mecanismos que estavam interiorizados, obrigando a uma reaprendizagem. Não se encontram bons laterais aos pontapés e muito menos Bosingwas; Assunção tinha um papel-chave no equilíbrio do meio, onde assentava a dinâmica do FC Porto. Desfaz-se o triângulo Assunção-Lucho-Meireles e ficam a faltar os desequilíbrios de Bosingwa pela direita. Mesmo que Fucile os disfarce, Jesualdo terá de encontrar uma solução convincente à esquerda, eterno problema desde a saída de Nuno Valente. Será Benítez? Lino reciclado?
Do meio para a frente, o "puzzle" passa a contar com Tomás Costa e Rodríguez, que, juntos, representam um investimento de dez milhões de euros. Rodríguez engole a fatia mais generosa desse orçamento e carrega responsabilidades principais. Farías andou o ano todo vergado ao peso de quatro milhões e o uruguaio terá de libertar-se rapidamente desse rótulo. A única maneira de tornar o preço num acessório é rendendo em campo. Para render, tem de jogar. Um encadeamento lógico que, ainda assim, pressupõe a tal definição nova no FC Porto: um reforço que joga.

Ricos exemplos
Tomy olhava sempre para Simeone, Riquelme e Lucho para os copiar.
Raúl Costa, pai de Tomás Costa

Cebola é o terceiro maior investimento

Sete milhões de euros por 70 por cento do passe de Cristián Rodríguez foi quanto o FC Porto pagou aos empresários que detinham os direitos. O futuro encarregar-se-á de dizer se é muito ou não, dependendo, naturalmente, do rendimento dentro das quatro linhas. Do que não há dúvidas é que este foi um forte investimento da SAD azul e branca, ao nível dos grandes craques que passaram pelo Dragão nos últimos anos. Mais do que custou Quaresma, por exemplo. Aliás, só Lucho e Anderson obrigaram à assinatura de um cheque mais gordo.
Com o Benfica há muito a tentar segurar o jogador, o FC Porto sabia que tinha de abrir os cordões à bolsa se quisesse resgatar o uruguaio. Acenou-lhe com um contrato por objectivos, ao nível dos mais bem remunerados do plantel, e adquiriu 70 por cento do passe por sete milhões de euros, o que equivale a dizer que a totalidade de Rodríguez estará avaliada em 10 milhões. Um valor apenas pago, até à data, por Lucho e em duas parcelas. A primeira no Verão de 2005 e a última dois anos depois. No caso do argentino, a crítica tem sido unânime em considerar que não se trata de um jogador dispendioso.
O mesmo se aplica a Anderson, outro grande investimento, que resultou num enorme retorno, sobretudo financeiro já que esteve meia época impedido de jogar por lesão. A SAD portista terá gasto um total de 8,5 milhões de euros por 80 por cento do passe - valores nunca confirmados - tendo recebido a respectiva parcela dos 31,5 milhões pagos pelo Manchester United pela transferência.
Entre outras compras caras do FC Porto nos últimos anos estão ainda Diego, Lisandro López, Quaresma e Hélder Postiga.
Na verdade, o extremo não saiu directamente dos bolsos da SAD uma vez que o seu valor, seis milhões de euros, foi descontado no preço que o Barcelona pagou por Deco. Da mesma forma que, na prática, Postiga custou mais do que os 4,5 milhões que entraram nos cofres do Tottenham já que Pedro Mendes foi incluído no negócio e, na altura, foi avaliado em três milhões. Ou seja, se o FC Porto tivesse pago tudo em dinheiro, o internacional português seria o terceiro mais caro de sempre da história da SAD.


Fonte: O Jogo