21/03/12

Coração de Madjer palpita pela vitória do FC Porto no campeonato

O argelino Rabah Madjer, antigo campeão europeu pelo FC Porto, disse hoje à Lusa que acredita, “do fundo do coração”, que os “dragões” irão conquistar o título nacional de futebol na presente época.
Presente no VIII Congresso Internacional de Desporto, organizado pelo Instituto Superior da Maia (ISMAI), Rabah Madjer revelou “estar sempre ligado ao dia a dia do clube, para saber resultados e novidades”.
"É um pouco triste já ter perdido alguns títulos este ano, como a Liga dos Campeões, a Liga Europa ou a Taça de Portugal, mas acredito, do fundo do coração, que consiga ganhar o campeonato”, disse o antigo jogador portista.
O “dono” do calcanhar que encantou o Mundo, em 1987, na final da Taça dos Campeões Europeus (marcou o primeiro golo da vitória do FC Porto sobre o Bayern de Munique, por 2-1), sublinhou que o campeonato será “decidido a três, juntamente com o Benfica e o Sporting de Braga”.
O argelino é, atualmente, embaixador da UNESCO (Boa Vontade entre os Povos), da União Africana (Paz e Segurança) e membro e consultor da FIFA para as áreas técnicas do futebol, razão pela qual se sente “muito feliz e muito útil”.
Pelo FC Porto, reafirma: “um grande amor e um enorme respeito pelo clube que me deu tudo e fez de mim o que sou”. Declarou ainda que, além-fronteiras, o emblema “é reconhecido por representar a grande nação que é Portugal”, o seu “segundo país”.
Rabah Madjer, que hoje será homenageado pelos congressistas na Maia, tal como o peruano Teófilo Cubillas e Fernando Chalana, vive encantado com o futebol português, que "está sempre a formar grandes jogadores”.
“Basta recordar os nomes de Futre, Rui Barros, Chalana, Rui Costa, Figo e Cristiano Ronaldo, que são exemplos magníficos de várias gerações de futebolistas no Mundo”, afirmou a “glória” portista.
E deixou uma mensagem aos jovens portugueses, sobretudo aos que procuram singrar no futebol: “Que trabalhem duro, muito duro, conforme fizeram Ricardo Quaresma e Cristiano Ronaldo, por exemplo, para representarem esta grande nação”.
Por fim, mostrou-se um pouco nostálgico, comparando o espetáculo em si: “Sinceramente, prefiro o futebol dos anos 70 e 80. Não gosto muito do futebol de hoje”.
“Apesar de haver jogadores que nos fazem ir aos estádios, como Ronaldo e Messi, o futebol perdeu a sua grande técnica, perdeu jogadores que marcam golos de antologia”, concluiu Madjer, para quem “o de hoje, é um futebol direto e muito mais comercial”.

FC Porto é o melhor clube português do século XXI

O FC Porto é o melhor clube português do século XXI elaborado pela Federação Internacional da História e Estatística do Futebol.
A equipa portuguesa está em 12º lugar no ranking liderado pelo FC Barcelona. A equipa catalã está à frente do Manchester United e do Arsenal.
Entre os portugueses, o F. C. Porto é o melhor posicionado, na 12.º posição, seguido de Sporting (27.º), Benfica (31.º) e Sporting de Braga (72.º).
Numa lista alargada até aos 600 clubes, Portugal conta ainda mais catorze representantes: Marítimo (152º), Boavista (170º), V. Guimarães (208º), U. Leiria (211º), Nacional (218º), V. Setúbal (238º), P. Ferreira (268º), Belenenses (278º), Académica (317º), Rio Ave (438º), Beira-Mar (439º), Gil Vicente (479º), Naval (507º) e E. Amadora (554º)

Pinto da Costa pede que os árbitros "reconhecidamente maus" deixem de arbitrar


O presidente do F.C. Porto apelou esta terça-feira à noite à comissão de arbitragem para analisar os lances do jogo da meia-final da Taça da Liga de futebol com o Benfica, pedindo para que os árbitros maus deixem de arbitrar.
"O Benfica marcou três vezes, nós duas. Agora há outras questões (que influenciam o resultado). Espero que a comissão de arbitragem venha a verificar como foi marcado o segundo golo do Benfica e como foi assinalado o fora de jogo ao Hulk, aos 87 minutos", indicou Jorge Nuno Pinto da Costa no rescaldo da derrota portista por 3-2, no Estádio da Luz.
O presidente portista recusou analisar a arbitragem, no entanto, considerou que "quem vê o Bruno Paixão arbitrar pensará que Artur Soares Dias fez uma boa arbitragem" no encontro desta terça-feira.
"Mas não vou estar a desculpar a derrota. Estou satisfeito porque não se lesionou nenhum jogador, ninguém foi expulso. Quando vi o árbitro a dar tantos cartões no início cheguei a recear que tivéssemos expulsões. Mas desta já estamos livres", destacou.
Pinto da Costa defendeu que a Comissão de Arbitragem, "como acontece quando os treinadores são maus nas equipas e são despedidos", devia fazer com que os árbitros que forem "reconhecidamente maus" deixem de arbitrar.
Questionado sobre se a referência a Bruno Paixão se devia à polémica do jogo da 23.ª jornada entre Gil Vicente e Sporting, o máximo responsável do F.C. Porto recordou a prestação do árbitro no jogo dos portistas contra os gilistas.
"Falei da arbitragem de Bruno Paixão contra nós em Barcelos, ontem não vi. Não sei se ele tem galo, ou se é quem vai jogar a Barcelos que tem galo. Não sei se ontem chegou ao ponto que chegou connosco", salientou.


Benfica vence F.C. Porto e passa à final da Taça da Liga


O Benfica qualificou-se esta terça-feira à noite para a quarta final consecutiva da Taça da Liga em futebol, depois de vencer o F.C. Porto por 3-2 , no Estádio da Luz. Cardozo, que entrou aos 66 minutos, acabou por ser o jogador-chave da partida.
O Benfica venceu o F.C. Porto por 3-2 e qualificou-se para a final da Taça da Liga em futebol, num jogo semelhante ao do campeonato, mas diferente no resultado e no jogador-chave da partida, Cardozo, em vez de James.
A entrada do colombiano do F.C. Porto aos 63 minutos, quando o resultado estava 2-2, fez pairar a sombra do que se passara no jogo do campeonato, no qual James entrou na segunda parte, acabadinho de chegar de Miami, para desempenhar papel decisivo no desfecho da partida (3-2 para os portistas).
No entanto, não seria, desta vez, James a ser o fator de desequilíbrio numa segunda parte equilibrada, mas sim Cardozo, que Jorge Jesus lançou em campo aos 66 minutos, para o lugar de Nelson Oliveira.
O paraguaio fez aquilo que mais ninguém conseguiu na segunda parte, marcar um golo, numa jogada de entendimento com Gaitán, também ele entrado após o intervalo a render Bruno César, aos 56 minutos, na qual se isolou e "fuzilou" Bracali com a eficácia que caracteriza os grandes goleadores.
Ao contrário da primeira parte, na qual o F.C. Porto voltou a ser superior ao Benfica, a segunda foi bem mais equilibrada, sobretudo pela quebra de rendimento de Lucho que levou à sua substituição por James, e podia ter pendido para qualquer dos lados.
Outro fator determinante para o abaixamento do FC Porto foi o "eclipse" de Hulk na segunda parte, quando na primeira tinha sido um "quebra-cabeças" para a defesa encarnada, em particular para Capdevilla, cuja experiência e inteligência tática foram decisivas para "secar" o brasileiro na etapa complementar.
O Benfica voltou a sentir grandes dificuldades, tal como no jogo do campeonato, face ao "pressing" alto do F.C. Porto, e nem o golo prematuro de Maxi Pereira, logo aos quatro minutos, serviu para os encarnados tomarem conta do jogo.
Pelo contrário, a reação portista foi imediata, quatro minutos depois Lucho Gonzalez restabeleceu a igualdade e abriu caminho para uma primeira parte em que o FC Porto esteve quase sempre "por cima", a controlar o Benfica e a marcar o ritmo da partida, sempre mais perigoso nas sua ações ofensivas.
Quando aos 17 minutos, Mangala fez o 2-1, na sequência da execução de um livre, não surpreendeu ninguém no estádio e refletiu o ascendente portista.
O Benfica tremeu, em particular o lado esquerdo da sua defesa, com Capedvilla a "não segurar" Hulk e Jardel nervosíssimo, ao mesmo tempo que a equipa sentia enormes dificuldades nas transições ofensivas, logo bloqueadas pelo F.C. Porto ainda no meio-campo encarnado, não permitindo que a bola chegasse aos pés de Aimar em boas condições.
A primeira meia hora foi claramente do F.C. Porto e só no final da primeira parte é que o Benfica começou a libertar-se do "colete de forças" portista e a chegar com mais gente e a bola jogável à área portista.
Mesmo assim, o Benfica só criava perigo em lances de bola parada, tendo por essa via, aos 33 e aos 37 minutos, feito embater a bola nos postes e na barra, acabando por chegar ao 2-2 justamente na sequência de um livre de Aimar, com Nolito a empurrar a bola cruzada por Javi para o fundo das redes.
Na segunda parte, o cariz da partida alterou-se, o F.C. Porto perdeu "capacidade de pressing" a meio-campo, muito por "culpa" do "estoiro" de Lucho, o que significou perder mais vezes a bola e capacidade de definição do jogo no último terço do campo, permitindo ao Benfica assentar e dar mais profundidade ao seu jogo, fazendo chegar a bola aos pés de Aimar em melhores condições.
Estava o jogo meio atado quando se iniciou a dança das substituições nos dois "bancos", com Jesus a lançar Gaitán e Cardozo, e Vítor Pereira a jogar os "trunfos" James e Janko.
Se no jogo do campeonato, o treinador portista esteve mais inspirado e foi mais competente, desta vez Jorge Jesus levou vantagem ao lançar os dois jogadores que congeminaram a jogada que fez toda a diferença na partida.

Ficha de Jogo
Jogo no Estádio da Luz, em Lisboa
Assistência 28.533 espectadores
Benfica Eduardo, Maxi Pereira, Luisão l75’, Jardel, Capdevila l88’, Javi Garcia l70’, Witsel l79’, Bruno Cesar (Gaitan, 56’), Nolito l88’, Aimar (Saviola, 72’) e Nelson Oliveira (Cardozo, 65’). Treinador Jorge Jesus
FC Porto Bracali, Sapunaru, Rolando, Mangala l41’, Alex Sandro l23’ (Iturbe, 85’), Defour, Lucho Gonzalez (James Rodríguez, 63’), João Moutinho, Álvaro Pereira l90+1’, Hulk e Kleber (Janko, 72’).Treinador Vítor Pereira

Árbitro Artur Soares Dias, do Porto. Amarelos Alex Sandro (23’), Mangala (41’), Javi Garcia (70’), Luisão (75’), Witsel (79’), Capdevila (88’), Álvaro Pereira (90+1’).
Golos Maxi Pereira, 4’; Lucho, 8’; Mangala, 17’; Nolito, 42’ e Cardozo, 77’


Vítor Pereira: "Podia ter dado para o nosso lado, mas deu para o outro"
No final do clássico, Vítor Pereira não se alongou em comentários. Preferiu frisar que a prioridade do FC Porto é o campeonato.
"Procurámos fazer a gestão possível. Temos alguns problemas no meio-campo e procurámos gerir os jogadores à disposição. Tirei o Lucho porque ele precisava descansar. É a tal gestão. Mas é a uma questão menor. Foi um bom jogo, podia ter dado para o nosso lado, mas deu para o outro", começou por afirmar o treinador portista.
Depois, Vítor Pereira apontou baterias para o próximo jogo dos "dragões": "O nosso grande objectivo é já o Paços de Ferreira. Esse sim é o grande objectivo da époc e queremos ganhar. Bom jogo, pena que o resultado não fosse o melhor."