03/08/07

Port of Rotterdam Tournament 2007

Sexta-feira, 03 Agosto 2007
- Liverpool 2 - 0 Xangai Shenhua, 18h30 (17h30 portuguesas);
- Feyenoord 0 - 0 FC Porto, 20h45 (19h45 portuguesas).
Domingo, 05 Agosto 2007-08-03
- FC Porto-Xangai Shenhua, 17h45 (16h45 portuguesas);
- Feyenoord-Liverpool, 20h00 (19h00 portuguesas).

Sara afunda mais um recorde

Depois de ontem ter conseguido os «mínimos» olímpicos durante o Open de Paris, estabelecendo novo recorde nacional dos 200 metros mariposa, Sara Oliveira superou, esta manhã, a melhor marca portuguesa dos 50 metros mariposa, conseguindo o apuramento para as meias-finais da prova com o décimo melhor tempo de qualificação (27,63 segundos).
Com a marca obtida esta manhã, a nadadora portista obteve o único recorde que lhe faltava no estilo mariposa, passando a deter as seis melhores marcas portuguesas da especialidade, entre as três distâncias de piscina curta e piscina longa.
Quarta classificada na terceira série de qualificação, Sara retirou 19 centésimos ao anterior recorde nacional, estabelecido por Filipa Silva, do Clube de Natação da Amadora, em Março de 2006.
Com dois objectivos cumpridos – assegurar a participação nos Jogos de Pequim e passar a deter todas as melhores marcas nacionais de mariposa – a atleta do F.C. Porto pretende repetir, amanhã, o tempo (59,56 segundos) conseguido nos 100 metros durante os Nacionais de Aveiro, que lhe garantirá novos «mínimos» olímpicos depois de a ter tornado na primeira nadadora portuguesa a percorrer a distância em menos de um minuto. Antes disso, alinha, ainda esta tarde, nas meias-finais dos 50 metros.

Fonte: Site Oficial

"Crédito" Crónica d'O Jogo de Jorge Maia

Para lá da eventual confirmação da transferência de Lucho para o Real Madrid, para lá da eventual confirmação da oferta de 25 milhões de euros pelo médio argentino, até para lá da eventual confirmação de quaisquer negociações, há uma notícia escondida com o rabo de fora. A notícia de que o FC Porto é um clube credível enquanto formador de jogadores de qualidade. Um reconhecimento que o bicampeão nacional só podia esperar receber de fora para dentro. Uma espécie de marca de água, de garantia que acompanha os jogadores que saem do clube para os gigantes europeus, quase todos pagos a peso de ouro, quase todos valorizados pela passagem pelo campeão português e quase todos considerados um bom investimento pelos clubes compradores. A ideia generalizada de que o FC Porto vende caro, mas vende bom. Um crédito assegurado pelos inúmeros jogadores de primeiro plano que passaram pelo clube nos últimos anos e que brilham ao mais alto nível nas principais ligas europeias e que torna tão verosímil a notícia do interesse do Real Madrid em Lucho e os 25 milhões de euros envolvidos num eventual negócio. Um crédito acumulado pelo sucesso continuado de jogadores como Deco ou Ricardo Carvalho, exemplos acabados de jogadores que o FC Porto vendeu muito caro, mas que valem cada um dos vários milhões de euros que Barcelona e Chelsea pagaram por eles. Exemplos que chegam para convencer o Real Madrid a correr o risco de investir 30 milhões de euros em Pepe e Manchester a apostar 31,5 milhões em Anderson. Que outro clube conseguiria vendê-los a esse preço? Que outro clube poderia ser associado à venda de Lucho por 25 milhões de euros para o Real Madrid sem que meio mundo desatasse a rir?

02/08/07

"Responsabilidades" Crónica d'O Jogo de Jorge Maia

Milhares de anos de cultura ocidental; milhares de anos de literatura, pintura, música e arte em geral; milhares de anos de um conhecimento acumulado e passado de geração em geração podem ser condensados numa mão-cheia de pérolas de sabedoria oferecidas em pequenas doses prontas a consumir nos riquíssimos diálogos dos melhores “blockbusters” de Verão. Uma das minhas favoritas é aquela clássica do primeiro Homem Aranha – para muitos, o único Homem Aranha digno desse nome, embora haja alguma controvérsia entre os críticos dos “Cahiers do Cinema” – quando o tio de Peter Parker se vira para o sobrinho e lhe diz, com um ar grave e sério, que “com grande poder vêm grandes responsabilidades”. Um grande momento de cinema, ao nível dos melhores conselhos do mestre Yoda da Guerra das Estrelas, do tipo “faz ou não faças: não há ‘tentar’”. Ainda sinto calafrios. Depois dizem que não se aprende nada nos filmes de acção. Lucho González, por exemplo, podia ter aprendido qualquer coisa. Depois de ter usado a braçadeira de “capitão” de equipa no braço durante uma parte significativa da última temporada, depois de ter sido escolhido pelo clube como uma das imagens do FC Porto, depois de ter visto Jesualdo Ferreira renovar a aposta em si, semana após semana, mesmo quando era evidente que não atravessava o melhor momento de forma, o argentino devia ter percebido que “com grande poder vêm grandes responsabilidades”. A responsabilidade de se apresentar ao trabalho a tempo e horas, por exemplo, para não falhar o último torneio em que o FC Porto participa antes do arranque oficial temporada. Ainda assim, se até o Homem Aranha teve de levar uns tabefes do Duende Verde para perceber a mensagem, Lucho pode não ser um caso perdido. E, depois, o primeiro “vilão” no caminho dos portistas até é verde e tudo…
Valência não gosta: Menos Lucho
Os dias pareciam iguais durante a duração da novela em que o Valência só queria Lucho. Era um craque, era o melhor, era o único. Agora, Lucho tem um enorme defeito: é polivalente e Quique Flores não quer um médio de vastos recursos.

01/08/07

"A dispensa tinha areia" Crónica d'O Jogo de José Manuel Ribeiro

A Maratona das Areias é a corrida mais dura do Mundo. Ultramaratona é o termo técnico correcto. São seis dias, dos quais o mais pacato contempla vinte e cinco quilómetros de “jogging” pela paisagem de Marrocos, contra os oitenta e seis da etapa mais psicótica e auto-flageladora. Os regulamentos obrigam a cumpri-los com os pertences entre as omoplatas, incluindo comida para toda a semana, roupa e talvez uns cinco pares de sapatilhas suplentes. A organização só fornece água e tendas. É uma das duas melhores razões que conheço para se pensar segunda vez antes de tentar ensinar a um marroquino o que é uma travessia do deserto. A outra é o Charlton Helston. Entretanto naturalizou-se americano, mas era israelita quando inventou as travessias do deserto nos “Dez Mandamentos”. Para um muçulmano bom entendedor, meio judeu chega perfeitamente, quanto mais um israelita inteiro. O que Tarik Sektioui pôs às escancaras na pré-época do FC Porto foi não só que dispensa lições sobre como atravessar desertos, mas também que podia ter ajudado com as suas apetências nacionais quando os restantes maratonistas de Jesualdo estiveram para se afundar na areia. Por algum motivo, o treinador que o dispensou em Janeiro quis reavaliá-lo em Julho, ao invés de lhe cortar logo o apêndice, como fez com Alan ou Vieirinha. Não foi por estar convencido de ter decidido bem da primeira vez, com certeza. O que nos força a concluir com uma pergunta: depois de um jogo como o Boavista-FC Porto, o que poderia Tarik ter feito mais para demonstrar a Jesualdo que decidiu mal? E a crer no aquecimento global, quem garante que as verdes pastagens de Agosto não desertificam lá para Outubro ou Novembro?
Sektioui: Um nome feio
Se há um tipo de futebolista que me confunde, é aquele que não é ponta-de-lança nem extremo, médio nem avançado. Joga "ali". Jogando acolá, já não se sente bem, sendo que o "ali" vai mudando de longitude consoante os fracassos. Se corre mal no meio, é porque o "ali" era nas alas; se é um desastre na área, é porque ele está talhado para jogar fora dela, etc. Mas o contrário também pode ser problemático. Tarik é um extremo e sendo visto como o extremo que é encalha em Quaresma, Lisandro e Mariano Gonzalez. Mas o que eu vi no Bessa foi o melhor desempenho individual num contra-ataque em algumas épocas de FC Porto. Portanto, e se o problema fosse resolvido chamando-lhe outra coisa qualquer?

31/07/07

"Postiga descodificado" Crónica d'O Jogo de José Manuel Ribeiro

Por motivos certamente relacionados com o hábito teimoso de discutir futebol como se ainda fosse só futebol, há sempre quem tente deslindar Hélder Postiga a partir de um ângulo técnico. E se o ângulo técnico, no caso dele, dá sempre em ângulo agudo será talvez porque se está a procurar nas aulas práticas um defeito de aprendizagem radicado nas aulas teóricas. Em concreto, na cadeira de finanças. Um estudo norte-americano explica tudo. Chama-se “The Ten Most Overpaid Jobs”, mas não tem uma tradução à letra que seja em simultâneo eficaz e elegante. Por isso, fico-me por “Os Dez Salários Mais Desproporcionais”. Em décimo no ranking estão os fotógrafos de casamento, porque limpam dois mil euros sem chegar a precisar de limpar também as lentes; a seguir os pilotos das grandes companhias aéreas, os conferencistas (o nosso Scolari, por exemplo) e por aí adiante até aos gestores de fundos mútuos de Wall Street (“mutual funds”), com pulmão para aspirar um milhão por ano, apesar de raramente contribuírem com as suas previsões para a riqueza dos clientes, pelo menos de forma legal. No respeitante à legalidade de Postiga, nada a dizer, mas quanto ao contributo, o que a folha salarial presume não são golos em particulares com o Boavista. Se um ponta-de-lança recebe um salário à Tottenham no FC Porto, não pode ser objecto de discussões sobre se o plantel tem ou não lugar para ele. Deve ser indiscutível. E Postiga, até quando acerta, permite discussão. Não são os pés, nem a habilidade, nem a presença na área: é o trambolho de um ordenado que não cabe no banco. De suplentes.

PÓS-APITO DOURADO: As novas liberdades
O "Apito Dourado" deu asas a uma liberdade de expressão notável que, por enquanto, só se percebe nos temas relacionados com o FC Porto, mas que, presumo, depressa se alargará a outros. Mesmo assim, depois de ouvir alguns comentários, fico extasiado com os novos limites da nossa intelectualidade: como é que uma vitória rotunda sobre o Boavista de uma equipa composta por supostos suplentes e dispensados acaba em razão para críticas e achincalhamentos?

Duas caras novas reforçam estrutura

Um novo treinador para os juniores proveniente da Holanda e um director de Comunicação recrutado aos quadros da RTP. O FC Porto junta mais duas caras novas a um processo de renovação, iniciado na época passada com a chamada de Luís Castro para coordenar o gabinete de prospecção, isto na área técnica, e também com mudanças de funções de alguns elementos que já faziam parte da estrutura.
Desta vez, para preencher a saída de Ilídio Vale, que conduziu o clube ao título de juniores na última época, os portistas escolheram Patrick Greveraars, treinador holandês que, nas duas últimas épocas, liderou os juniores do PSV. A poucos dias de completar 33 anos, Greveraars embarca na primeira aventura fora do país, procurando exportar o êxito dos holandeses no trabalho desenvolvido nas camadas jovens.
É a segunda aproximação do FC Porto a esse modelo, depois de uma primeira tentativa, por alturas da contratação de Adriaanse, que não chegou a ser implementada na totalidade devido à saída precipitada. Recorde-se que o adjunto da altura, Jan Olde Riekerink, tinha uma folha de serviços exemplar no Ajax, sendo um dos mais conceituados treinadores de camadas jovens da Holanda, e Chris Kronshorst, que nem sequer chegou a completar um mês de serviço nos portistas, tinha por missão aplicar metodologias de aperfeiçoamento técnico no plantel principal e também nas camadas jovens, um lugar que será preenchido esta época por Pepijn Lijnders, outro jovem holandês, também vindo do PSV, de que já déramos notícia. O plano prossegue agora com Patrick Greveraars. Wil Coort, que continua a treinar os guarda-redes, pode dar uma ajuda vital.
Na comunicação, o reforço chama-se Rui Cerqueira, jornalista que fez carreira na RTP e que era também presença assídua nos microfones da Antena 1. Caber-lhe-á dirigir o departamento de comunicação, assumindo-se como porta-voz oficial do clube. Essa área estava por ocupar e ganha agora um elemento experimentado. De resto, como escreveu O JOGO há dias, os portistas vão refrescar o modelo de comunicação, adoptando um relacionamento mais aberto. De acordo com o que está previsto, além do treinador, também um jogador deverá dar uso à sala de Imprensa. Rui Cerqueira, co-autor do livro sobre Jorge Costa, passará a ser o rosto dessa nova política, juntando-se aos elementos que já faziam parte desse sector específico.
PATRICK GREVERAARS
32 anos (14/08/74)
Treinador
Assumiu o comando das camadas jovens do PSV na época 2005/06, prosseguindo no cargo no ano seguinte. O trabalho efectuado valeu-lhe um convite para a continuidade e, apesar de o site do clube holandês o apresentar como treinador da nova época, Greveraars aceitou mudar-se para o Porto.
RUI CERQUEIRA
35 anos (10/02/72)
Licenciado em Comunicação Social
Rosto conhecido da RTP, Rui Cerqueira foi também uma voz carismática do desporto da Antena 1. Entre as actividades paralelas ao jornalismo, destaque para a co-autoria da biografia de Jorge Costa, que foi editada em Agosto de 2005.
Fonte: O Jogo

Helton









Nome Completo: Helton da Silva Arruda
Posição: Guarda-Redes
Data de Nascimento: 18-05-1978
Altura: 1.89 m
Peso: 74 kg
Naturalidade: Alcântara (Brasil)
Nacionalidade: Brasileira e é internacional
Treinador que o lançou na I Liga: Manuel Cajuda
Estreia na Liga: U. Leiria 0 Académica 0 (23 Março de 2003 e jogou 90 minutos)

Carreira nos clubes:
2000 - Vasco da Gama - 23 jogos
2001 - Vasco da Gama - 25 jogos
2002 - Vasco da Gama - 4 jogos
2002/03 - U. Leiria - 9 jogos, 10 golos sofridos
2003/04 - U. Leiria - 28 jogos, 33 golos sofridos (1 jogo na Taça de Portugal e 4 na Taça Intertoto)
2004/05 - U. Leiria - 30 jogos, 30 golos sofridos
2005/06 - FC Porto - 11 jogos, 1 golo sofrido (2 jogos na Taça de Portugal)
2006/07 – FC Porto – 30 jogos, 20 golos sofridos

Títulos:
Campeão português em 2005/06 e 2006/07

Taça de Portugal em 2005/06

Campeão brasileiro em 2000

Copa Mercosul em 2000

Pinga


Nome: Artur de Sousa Pinga
Data de nascimento: 30 de Setembro de 1909
Naturalidade: Funchal
Filiação: Manuel de Sousa e Virgília de Sousa
Clubes representados: Marítimo e FC Porto
Internacionalizações: 23, Estreia: 0-1 Espanha no Campo do Ameal no Porto no dia 30 Novembro 1930
Posição: Interior esquerdo, ponta-de-lança; Golos: 8
Palmarés: Campeão da Liga 3 x, Campeão Nacional 2 x, Campeão de Portugal 1, Campeão do Porto 13, Campeão do Funchal 3
Particularidades: 25 jogos pela A.F.Porto, 3 jogos pela A.F.Funchal
Jogos: 400
Golos: 394
Treinador: Tirsense, Sanjoanense, Gouveia, (equipa técnica dos juvenis do FC Porto)


30/07/07

José Maria Pedroto, o "Mestre"

Jogador:
Pedroto nasceu no dia 21 de Outubro de 1928 em Almacave, Lamego. Jogou nos infantis do FC Porto, e no Leixões já em idade de júnior. Pedroto compensava a falta de físico com um enorme talento. O serviço militar levou-o ao Lusitano de VRSA, onde começou a despertar o interesse dos grandes. Em 1950 tranfere-se para o Belenenses. Pedroto cedo se afirmou como um dos melhores médios do futebol Português. Em 1951 estreia-se pela selecção nacional, em Paris. Em 1952 a sua transferência para o FC Porto envolveu verbas recorde para a altura. O FC Porto estava a construir uma grande equipa que viria finalmente a quebrar um jejum de muitos anos...Em 1956, comandada por Dorival Yustrich, a equipa do FC Porto conquista o Campeonato e a Taça de Portugal. Pedroto foi uma das principais figuras da equipa. Em 1959, Pedroto é novamente campeão nacional, apesar das artimanhas de um tal de Calabote... Em 1960, Pedroto torna-se o primeiro treinador Português com curso superior.
Treinador:
Continuou a evidenciar-se nos "estudos", obtendo uma brilhante classificação num curso de treinadores efectuado em França. Estes resultados, aliados ao bom trabalho nas camadas jovens do FC Porto, levaram-no ao posto de treinador da selecção nacional de juniores. Com Pedroto ao "leme", Portugal conquista o seu primeiro título Europeu!
Pedroto abandona o futebol jovem do FC Porto para ir treinar a Académica. Forjou grandes talentos nessa época, sendo reconhecido por todos a qualidade do futebol apresentado pela equipa de Coimbra. Depois treinou o Leixões, onde foi vitíma da única chicotada psicológica da sua carreira, traído pela falta de condições oferecidas pelo clube. Treinou depois o Varzim, que estava no seu 2º ano na primeira divisão... o Varzim foi a sensação desse campeonato.
Em 1966 realizou um sonho: tornar-se treinador principal do FC Porto, fica até 1969 e vence uma Taça de Portugal. Depois ruma até Setúbal, altura em que o Vitória obtém alguns dos melhores resultados da sua história, sendo uma vez vice-campeão, uma vez finalista da Taça, e obtendo excelentes prestações nas competições Europeias.
Em 1974, mudou-se para o Boavista...em dois anos obtem um excelente 2º lugar no campeonato e vence 2 Taças de Portugal.
Volta às Antas para vencer dois Campeonatos e uma Taça de Portugal.
Falha o «tri» e sai na confusão do "verão quente". Passa a treinar o Vitória de Guimarães, onde esteve 2 épocas, obtendo um 4º e um 5º lugar. Com ele esteve um tal de Artur Jorge...
Pinto da Costa, já Presidente do FC Porto, trouxe Pedroto para as Antas. Nesse período ainda venceu uma Taça de Portugal e foi finalista da Taça das Taças. Pinto da Costa e Pedroto criaram as bases para a série de grandes êxitos que se seguiram e que culminaram com a vitória na Taça dos Campeões Europeus. Ao "leme" estava o seu discípulo Artur Jorge, o primeiro treinador Português Campeão Europeu de clubes.
José Maria Pedroto Faleceu a 7 de Janeiro de 1985.


Frases:
José Maria Pedroto foi um dos grandes treinadores do FCPORTO. Para a memória, além dos títulos conquistados, ficam também algumas frases do grande mestre, que ainda hoje podemos aplicar a este grandioso clube:
“Não vai ser preciso nenhum milagre para que o F.C. Porto alcance finalmente o título que ambiciona a anos.”
"As gentes do Porto são ordeiras porque, se não fossem, há muitos anos teriam recorrido à violência perante os enganos dos árbitros que têm decidido da perda de muitos campeonatos e Taças de Portugal."
"No FCPORTO, os problemas não se levantam porque nunca chegam a existir."
"O FCPORTO cada vez mais aparece como potência do nosso futebol, capaz de conseguir a hegemonia e é claro que isto preocupa o Benfica e o Sporting."
"É tempo de acabar com a centralização de todos os poderes da capital."
"No FC Porto não há contestatários maricas, nem os problemas se levantam, porque nunca chegam a existir".
"Jorge Nuno Pinto da Costa, para além de ser um cidadão respeitável, afirmou-se como um competentíssimo dirigente. A ele se deve, em grande parte, a projecção que o FC Porto atingiu, a nível nacional e europeu. O tempo há-de fazer-lhe justiça."
"O verdadeiro calcanhar de Aquiles do nosso futebol reside no simples facto de quase todos pensarmos que, quando saímos dos estádios, já não somos profissionais de futebol".
"Estamos na mediania no conceito europeu. relativamente ao futebol de alta competição, temos meia dúzia de jogadores com grande classe".
"Oliveira é um dos melhores jogadores de todos os tempos".
"Não tenho dúvidas de qualquer espécie de que ao Artur Jorge não faltará onde trabalhar e que, em qualquer parte, triunfará. Mas também acredito que vai ser no FC Porto que ele acabará por ser revelar como um homem predestinado para a direcção e comando de equipas de futebol".


Palmarés Como jogador:
- 2 Campeonatos Nacionais
- 1 Taça de Portugal
- 17 internacionalizações

Palmarés Como treinador:
- 2 Campeonatos Nacionais
- 5 Taças de Portugal
- 4 vezes finalista da Taça de Portugal.
- Seleccionador nacional (17 jogos, 03/04/74-30/03/77).

Época 1934/35

1º lugar no Campeonato da I Liga com 22 pts em 14 jogos, 10 vitórias, 2 empates e 2 derrotas; 43 golos marcados e 19 sofridos.

Resultados em casa:
Sporting: 4-2
Benfica:2-1
Belenenses:1-0
Setúbal:3-2
U. Lisboa:7-4
Acad. Porto:7-0
Académica:7-1

Resultados fora:
Sporting: 2-2
Benfica:0-3
Belenenses:1-1
Setúbal:0-1
U. Lisboa:2-0
Acad. Porto:3-0
Académica:4-2

Plantel:
Á. Pereira, Alves, Assis, Avelino, Carlos Nunes, Carlos Pereira, Jerónimo, João Nova, Lopes, Acácio Mesquita, Carlos Mesquita, Pinga, Raúl Castro, Santos, Soares dos Reis, Waldemar

Treinador:
J. Szabo

"Opções" Crónica d'O Jogo de Jorge Maia

Peter Ustinov, um conhecido actor britânico, disse uma vez que em certos países, como nos Estados Unidos, por exemplo, a pressão para uniformizar tudo é tão grande que, apesar de haver liberdade de escolha, não há nada para escolher simplesmente porque é tudo igual. Um só tipo de queijo de cem marcas diferentes, o mesmo hamburguer com nomes distintos, o mesmo filme todos os anos com um realizador diferente, a mesma casa, com o mesmo jardim e o mesmo carro estacionado à porta em ruas sucessivas e por aí fora. Ora, neste momento, Jesualdo Ferreira tem liberdade de escolha, mas o objectivo do treinador do FC Porto é ter efectivamente por onde escolher. Para isso, precisa de jogadores com características diferentes para cada posição, jogadores que se complementem em vez de se sobreporem e que multipliquem as soluções em vez de repetirem as respostas. Ora, deverá ser precisamente essa necessidade de escolha a ditar a selecção do plantel e é por isso que a observação localizada e parcial do rendimento demonstrado num ou outro jogo é pouco menos que irrelevante. Os golos que Postiga e Tarik marcaram ao Boavista não são indiferentes para o técnico, mas podem não ter sido o suficiente para lhes garantir um lugar no plantel. Em contrapartida, também não foram os golos ou os passes ou os dribles falhados noutras ocasiões que os aproximaram da porta de saída. Aquilo que eventualmente pode tornar Postiga e Tarik excedentários no plantel do bicampeão nacional, é a existência no grupo de jogadores com as mesmas características, mas melhores. Isso e o facto de, eventualmente, a sua saída poder representar um bom negócio para o clube, como pode ser o caso do ponta-de-lança.
OPÇÕES: Parte II
Na entrevista concedida ao Expresso no último fim-de-semana, Laurentino Dias, Secretário de Estado do Desporto, defendeu-se da acusação de perseguição ao Benfica e a Nuno Assis no caso de doping daquele jogador dos encarnados, revelando que na última temporada foram realizados 11 controlos ao Benfica, 18 ao Sporting e 30, isso mesmo, 30 ao FC Porto. Por outras palavras, Laurentino Dias não se limitou a garantir que ninguém persegue o Benfica, como deu a entender que há quem persiga o FC Porto. Assim, sim. Afinal, se há uns telefonemas que se impõe investigar e outros não, se há depoimentos que se impõe investigar e outros não, porque raios deveria haver alguma preocupação com o equilíbrio nas questões do doping?