11/08/07

Equipa provável

Estádio Magalhães Pessoa, Leiria
21h00 RTP1
Bruno Paixão [AF Setúbal]
António Godinho + Paulo Ramos

FC Porto
Treinador Jesualdo Ferreira
1 Helton GR
12 Bosingwa LD
2 Bruno Alves DC
3 Pedro Emanuel DC
13 Fucile LE
6 Paulo Assunção MD
16 Raul Meireles MO
25 Kazmierczak MO
9 Lisandro AD
28 Adriano AV
7 Quaresma AE
-
33 Nuno GR
14 João Paulo DC
5 Cech LE
18 Bolatti MD
20 Leandro Lima MO
11 Mariano AE
29 Edgar AV

10/08/07

"Quiribati" Crónica d'O Jogo de Alcides Freire

No Quiribati da Europa há uma companhia aérea que serve sete aeroportos nacionais, mas que não voa para Óbidos e muito menos para Leiria. O que é bom para quem lá mora e ainda melhor para o FC Porto, que dessa forma fica livre de voos que divergem, conseguindo demorar menos de 10 horas a chegar a Óbidos. Aliás, a boa disposição matinal de Jesualdo Ferreira podia explicar-se com a certeza que a aproximação à Supertaça seria feita por estrada. Fora desta viagem ficou Rui Pedro, o que pela primeira vez é resultado de uma opção técnica. Hoje saber-se-à oficialmente que foi levantada a suspensão preventiva imposta pela FPF e que o impossibilitou de participar nos jogos da pré-temporada e no Europeu de Sub-19. O que constitui uma enorme surpresa, porque sempre pensei que uma investigação de mês e meio sobre dois minutos de atraso a caminho da sala de anti-doping resultaria numa estrondosa condenação. Só quem nunca urinou poderia pensar o contrário. Afinal, Rui Pedro até podia ter disputado os jogos de pré-temporada - esteve no estágio na Holanda -, ou então ter ajudado, quem sabe, Portugal a melhorar a discreta passagem pelo Europeu de Sub-19. Mas, porque se atrasou dois minutos, nada disso sucedeu. Há quem tivesse conseguido jogar ainda antes de cumprir o totalidade do castigo por um teste positivo. O que não foi o caso de Rui Pedro. No Quiribati não há futebol, mas os pouco menos de 100 mil habitantes conseguiram em 2006 ajudar uma taxa de crescimento semelhante à portuguesa. E bem melhor do que o Norte de Portugal - de onde é cada vez mais complicado partir e chegar de avião -, que cresce abaixo da média nacional. É por isso que uma vitória do FC Porto é, cada vez mais, "uma vitória contra tudo e contra todos". Até contra o atraso e o silêncio.

Como Anderson
O Leandro vai seguir os passos necessários para se impor no FC Porto.
Jesualdo Ferreira, treinador do FC Porto

FC Porto perde com Manchester

A equipa de sub-19 do FC Porto perdeu 0-1 com a congénere do Manchester United em jogo relativo à primeira jornada do Grupo C do "The Champions Youth Cup" que decorre na Malásia. Apesar do resultado, a equipa portista deixou boas indicações para os próximos encontros deste prestigiado torneio que reúne as principais potencias mundiais a nível da formação. O FC Porto, orientado pelo holandês Patrick Greveraars, alinhou com o seguinte onze: Ruca, Valter, Marlon, André Pinto, Carlos Santos, Tengarrinha, André, Graça, Chi Ming, Chula e Marco. Jogaram ainda: Figueiredo, Elísio, Miguel, Mohamed e Joni. Os portistas voltam a jogar amanhã, às 11h45 (hora portuguesa), frente ao Inter de Milão.
Fonte: O Jogo

Lista de Convocados

GUARDA-REDES
Helton
Nuno

DEFESAS
Bosingwa
Fucile
Bruno Alves
Pedro Emanuel
João Paulo
Cech

MÉDIOS
Paulo Assunção
Bolatti
Kazmierczak
Leandro Lima
Raul Meireles

AVANÇADOS
Adriano
Edgar
Lisandro
Mariano
Quaresma
Tarik

Antevisão de Jesualdo Ferreira à Supertaça

Há hábitos que se criam desde pequeno. Escovar os dentes é um deles. Ganhar com regularidade pode demorar mais algum tempo, como foi no caso de Jesualdo Ferreira, que conquistou o primeiro título aos 60 anos. Desde então, já juntou ao campeonato dois torneios na pré-temporada e quer continuar a alimentar o vício já com a Supertaça Cândido de Oliveira. O professor antevê um jogo equilibrado e resolvido a favor da equipa que cometer menos erros e melhor souber gerir o cansaço. O primeiro FC Porto 2007/08 assentará na estrutura da época passada, embora tenha garantido que os reforços estão prontos e motivados para a luta.

P Já tem definida a estratégia e a equipa?
R Já. A Supertaça é a primeira competição que temos no calendário e a estratégia para o jogo assenta no nosso modelo de sucesso. É um jogo diferente dos outros, mas o trabalho desta semana não se alterou muito.

P Que leitura faz deste Sporting? É muito diferente do que foi ganhar ao Dragão há alguns meses?
R Tenho as imagens do Sporting trabalhadas, mas não tive a oportunidade de ver qualquer jogo completo. A recolha dos elementos que temos são suficientes para perceber que não perdeu o método, que os processos são os mesmos e que a variação de jogadores é pequena. Portanto, temos um Sporting à imagem da época passada. As duas equipas estão nos mesmos patamares. O Sporting tem uma equipa feita, as alterações foram pequenas e no FC Porto também. O Sporting tem, em relação a este Porto, mais um ano de trabalho, no entanto, temos trabalhado muito atrás daquilo que queremos. Vai ser um jogo muito equilibrado entre duas equipas experientes em que aquele que cometer menos erros e reagir melhor à fadiga vencerá.

P Encontra fragilidades no adversário? Sofreu vários golos de bola parada...
R Não. É normal que essas situações aconteçam na pré-temporada. Há adaptações, menor concentração por causa da fadiga e um recomeçar de processo. Repito, é normal e não é significativo.

P Está a habituar-se a ganhar muito. Isso cria viciação?
R Não salto quando ganho nem baixo a cabeça quando perco. É verdade que andei aos saltos no fim do campeonato, mas andava toda a gente e podia parecer mal... Ganhar é como escovar os dentes, é um hábito. Dá-me um gozo muito grande porque normalmente escovo os dentes três vezes por dia. Imaginem a pasta que gasto.

"Quem desiste não joga no FC Porto"

P Os reforços estão aptos a jogar de início?
R Estão. E com muita vontade.

P Mas estão nos níveis de exigência para a competição?
R Estão nos níveis que eu pensava para esta altura. Estamos distantes do que vamos produzir no futuro e nem fazia sentido de outra forma. Mas acho que estamos bem.

P Dito de outra forma, vai usar reforços na equipa?
R Os lugares numa equipa ganham-se e perdem-se a treinar e a jogar. A estratégia que traçámos passava por manter o maior número de jogadores que tinham sido campeões. Não fazia sentido que, tendo os mesmos métodos de jogo, não fosse a partir dessa base que trabalhassemos. Chegamos ao momento das decisões, que passam pela capacidade de responder às exigências do FC Porto. A equipa que jogar será aquela que entendo ser a melhor para ganhar a Supertaça.

P Algum dos reforços superou ou ficou aquém das suas expectativas?
R Um mês de trabalho é pouco, mas nenhum me defraudou. Tiveram todos uma integração excelente, facilitada pelo quadro de estabilidade e regras do clube. Sob o ponto de vista táctico há questões que são mais difíceis. Todos sabem que perder no FC Porto é diferente do que noutro clube. Essa integração faz com que os jogadores que compõem a estrutura base não adormeçam só por serem bicampeões e estarem a jogar. Isso não vai acontecer porque os que estão de fora não vão deixar. O que mais detesto num jogador é que desista. Desistir é um sinal de fraqueza e isso não cabe nas minhas equipas. Quem desiste não pode jogar no FC Porto.

"É um esqueleto no qual encaixarão outras peças"

P Na pré-temporada, o FC Porto venceu nove dos dez jogos, pode dizer-se que está a cem por cento para a Supertaça?
R É evidente que fizemos bons jogos e bons resultados, por vezes melhores resultados do que exibições, mas foram dez treinos. Aquilo que conquistámos, jogando contra equipas europeias de diferentes estilos, foi bom, mas não acrescenta muito mais do que um treino de boa intensidade.

P A equipa que vai apresentar é um esboço do que será durante a época?
R É um esqueleto no qual encaixarão outras pedras. O FC Porto mantém a sua estrutura e não seira sensato se fosse de outra forma.

P Considera o FC Porto favorito para a Supertaça?
R O Sporting e o FC Porto na época passada fizeram campeonatos distintos. Terminámos à frente, mas uma Supertaça é definitiva e estar a referir favoritos parece-me uma perca de tempo. O Sporting terá as suas ambições, mas o FC Porto quer ganhar a prova.

P O facto do Sporting ter perdido contra um dos rivais terá algum efeito neste jogo?
R Pode estimular ainda mais ou provocar alguma apreensão, mas isso é um problema do Sporting. Tenho mais coisas em que pensar.
Fonte: O Jogo

Entrevista de Pinto da Costa à SIC Notícias

"Não disse em tribunal que ganho dois mil euros/mês"

O Apito Dourado marcou os primeiros momentos da entrevista de Pinto da Costa à SIC Notícias. Ocupou mesmo a maior parte do tempo. Por entre sublinhar de posições e garantia de que está de consciência tranquila, Pinto da Costa disse confiar na justiça "apesar da intoxicação levada a cabo por pessoas responsáveis", algo que o preocupa mais do que o envolvimento do seu nome. Foi neste ponto que o presidente portista atacou o que considerou "afirmações fantásticas" de Saldanha Sanches – marido da magistrada que neste momento coordena toda a investigação do Caso Apito Dourado, Maria José Morgado –, que também em declarações à SIC Notícias disse que "era preciso acabar com a corrupção no futebol porque o presidente do FC Porto declarara no tribunal que ganha dois mil euros por mês". Uma afirmação que o presidente portista disse nunca ter proferido, afinal, um episódio que não inclui na teoria da conspiração, mas naquilo que chama de "teoria da falta de rigor".
Aproveitando todos os momentos possíveis para questionar a idoneidade da Carolina Salgado, cujo livro "Eu, Carolina" conduziu à reabertura dos processos que o envolviam, Pinto da Costa aproveitou para recordar que "os processos estavam arquivados, arquivados por magistrados que por não serem tão mediáticos como a actual, não serão menos competentes do que os actuais". Mostrando-se tranquilo, o presidente portista afirmou que "colocaria as maõs no fogo por Pinto de Sousa" e que não as queimaria, confessando também que depois de tanta vigilância – em que apenas não "terão posto chips nos cães" –, resultaram apenas três jogos que, no seu entender, nada revelam de anormal. Aliás, anunciou mesmo que o FC Porto exibirá, no anfiteatro do Estádio do Dragão, os jogos FC Porto–Estrela da Amadora e Beira-Mar–FC Porto, desafiando "quem quiser" a descobrir factos ilícitos nos jogos. E fez um segundo desafio: a comparação com dois encontros do Benfica na época passada, os realizados em casa do Marítimo e do Beira-Mar, que no seu entender encerram casos que poderão conduzir "a que mudem o nome do processo de dourado para vermelho". Foi também nesta fase da entrevista, que durou perto de uma hora, que Pinto da Costa respondeu de forma clara à pergunta de quem lucrava, afinal, com o seu envolvimento no processo Apito Dourado: "Quem sempre falou no Apito Dourado: Luís Filipe Vieira". Uma certeza que foi ganhando desde cedo, desde que Luís Filipe Vieira foi eleito presidente do Benfica carregando uma marca. "É amigo do Pinto da Costa". Uma marca que "o obrigou a demarcar-se para ganhar simpatias", explicando os "insucessos e as carradas de jogadores" com a ideia de que "o FC Porto controla e compra. É mais fácil". Mas, há dirigentes que escolhem árbitros? Pinto da Costa aproveitou a pergunta para desmentir mais uma passagem do livro de Carolina Salgado. "Tenho lido que combinava resultados com Pinto de Sousa. Ora, não era sequer ele que nomeava árbitros na Liga".

"Não vamos vender Quaresma"

Pinto da Costa revelou que o FC Porto já contratou dois jogadores para a próxima temporada. Não revelou nomes, mas quis provar que no Dragão pensa-se em larga escala, explicando que muito antes de alcançado o acordo com o Manchester United, já os portistas sabiam que os campeões ingleses iam querer Anderson. "Por isso veio o Leandro Lima", revelou, da mesma forma que acrescentou a história, revelada em Junho por O JOGO, segundo a qual o passe do brasileiro já valia mais do dobro do que o pago pelos portistas poucos dias depois de assinado o acordo com o jogador.

Se Anderson foi embora, já Quaresma será protagonista de uma história diferente: "Se quisesse ter vendido o Quaresma teria-o vendido mais caro do que foi o Simão". Não foi para o Atlético, nem irá: "Não vamos vender o Quaresma. É uma garantia que deixo". Aliás, disse, o FC Porto está mais comprador do que vendedor, apontado como exemplo a compra dos restantes 50 por cento do passe de Lucho González, que assim se tornou no jogador mais caro da história do clube. "Não comprámos Manducas. Comprámos jogadores que daqui a dois anos vão perguntar como é possível estar a vender por aqueles valores", acrescentando a história que impossibilitou a passagem de Pepe para o Corunha, porque não queria ver um campeão do Mundo a sair do FC Porto para um clube da dimensão do galego. O mesmo se passou com Lucho, para quem Pinto da Costa acha que o Valência é pouco e por quem o Real Madrid perguntou e ouviu a seguinte resposta do presidente portista: "Troco pela Van Nistelrooy".
Para alcançar os objectivos de sempre – "tentar ser campeões, porque neste clube nunca somos campeões no início, e chegar aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões – o presidente está disposto a prescindir de Hélder Postiga, "até porque nunca se tornou num jogador indiscutível", revelando mesmo que o avançado não está na lista dos inegociáveis como "Quaresma, Helton, Bruno Alves...".

"Vamos apresentar um saldo positivo"

De árbitros para contas-paralelas e dinheiro colocado em "off-shores". Pinto da Costa a tudo isto respondeu não e revelou mesmo que a existirem fugas ao fisco, isso seria acusar de incompetência as Finanças. E explicou com um caso recente: "Vendemos o Pepe ao Real Madrid e ainda antes de termos assinado o acordo já nos estavam a pedir a factura do empresário", disse, acrescentando que têm abundado as investigações às contas do clube ao ponto de existir uma sala no Dragão a que, humoristicamente, chamam "gabinete das Finanças". A verdade é que desde 2004 que Pinto da Costa tem sido constantemente envolvido no Apito Dourado, algo que "amigos" adivinharam que sucederia "desde o momento em que o seu nome não foi envolvido na primeira fase do processo". Apesar de tudo, não se sente sozinho. Pelo contrário. "Recebo demonstrações de solidariedade todos os dias, da mesma forma que todos os dias me enviam documentos que se tivesse trazido aqui seriam como uma bomba". Ainda assim, mais importante que a solidariedade e os documentos, Pinto da Costa salienta a sã convivência que mantém com a sua "consciência". Mantendo o tom, o presidente disse também não se sentir fragilizado, abrindo aqui um novo momento da entrevista. "O FC Porto vai apresentar saldo positivo e mais uma vez temos um plantel fantástico"
O facto do valor das transferências de Pepe, Anderson, Hugo Almeida e Ricardo Costa servir para abater o passivo acumulado, não visto por Pinto da Costa como uma censura ao que se passou depois da vitória na Liga dos Campeões. "O FC Porto desbaratou? O Pepe, o Lucho e o Quaresma, por exemplo, não caíram de pára-quedas no FC Porto. Nem o Helton.

"Para ser treinador do FC Porto não basta ser inteligente"

Pinto da Costa ainda não compreendeu a ausência de Vítor Baía do EURO'2004. Mas, não nega qualidades a Luiz Felipe Scolari: "É uma pessoa inteligente, que sabe motivar um grupo". Apesar disso, não lhe prognostica a entrada no Dragão, até porque "pode não chegar ser inteligente" para se ser treinador do FC Porto. Sobre o actual técnico, Jesualdo Ferreira, dobram os elogios e até a esperança de que "não seja preciso contratar outro" no actual mandato, que termina em 2011. Sobre Vítor Baía, não acredita que venha a ser treinador e engloba o ex-guarda-redes na sua lista de presidenciáveis, ainda que, faça questão de referir, "o FC Porto não é uma monarquia", cabendo aos sócios decidir. Aliás, manter-se-á presidente enquanto sentir o apoio dos sócios e for capaz de "adormecer e acordar" a pensar no FC Porto. Na entrevista à SIC disse ainda sentir-se desgostoso com o facto de Rui Rio ter acabado com as celebrações dos títulos na varanda do Câmara, até porque, recordou "vi na Baixa mais de 100 mil pessoas, ricas, pobres e remediadas, felizes" com os triunfos do clube. Uma opção que Pinto da Costa acaba por não dar excessivo valor, como não dá à sua imagem que possa ficar depois da morte: "Acho que tenho uma imagem óptima. No dia em que falecer vou partir de consciência tranquila".

09/08/07

Jesualdo Ferreira: "Vamos tramar os verdes"

Não era necessário identificar o inimigo, mas Jesualdo Ferreira não quis correr riscos e ontem, em plenos pulmões, lembrou-o aos seus pupilos. Depois de amanhã, em Leiria, há um troféu para conquistar e como os jogos psicológicos por vezes são tão importantes como os ensaios tácticos - e esses foram adiados para a sessão desta manhã, longe dos olhares dos jornalistas - o professor "picou" os jogadores logo no início do treino. Na hora de decidir qual seria o primeiro grupo e ir para ao centro nos meiinhos Jesualdo sentiu alguma hesitação (natural) e tomou a incitativa de decidir, com ironia. "Começam os verdes, que são o nosso adversário no sábado. Vamos tramar os verdes", atirou bem alto para que a mensagem passasse. A fava saiu a Lucho, Lisandro López e Pedro Emanuel, a quem foi entregue os coletes verdes do grupo de doze elementos que estavam sob a sua supervisão. Contudo, apenas metade esta metade plantel ouviu a provocação do técnico, já que os outros doze estavam noutra zona do campo, com Carlos Azenha a orientar.

Jesualdo Ferreira esteve particularmente activo no treino, fartando-se de dar explicações aos atletas sob a forma como queria os exercícios cumpridos. "As recuperações é que vão ser contabilizadas e é obrigatório dar dois toques antes de passar. A bola não pára", pediu enquanto seguia as movimentações. Num segundo momento, complicou mais o exercício alterando as suas regras. "Agora só vale um toque e não podem devolver ao mesmo". Os jogadores entenderam e cumpriram com o pedido, difícil foi contabilizar as recuperações de bola, isto porque quem estava no meio tinha a tendência de multiplicá-las... Enquanto isto, os três guarda-redes trabalharam à parte num das balizas.

Neste momento, a grande dúvida prende-se com a disponibilidade de Lucho. O argentino, segundo jogador mais utilizado na época passada, só está a trabalhar há uma semana - cumpriu ontem o segundo e terceiro treinos com o grupo - e a sua condição física é uma incógnita. Até porque os treinos só abrem nos primeiros quinze minutos, o que dificulta uma análise mais precisa. A dúvida, ou pelo menos parte dela, será desfeita com a divulgação da lista de convocados.
Fonte: O Jogo

Bruno Alves: “Estamos preparados para o Sporting”

O FC Porto está com o ego massajado e não quer desviar-se um centímetro do percurso vitorioso da pré-temporada na deslocação a Leiria, onde vai abrir as hostilidades oficiais. Afinal, está em causa um troféu – que até é o que os dragões mais vezes levantaram (15) – e quando é assim o entusiasmo da equipa atinge o limite. Como um dos capitães da equipa, Bruno Alves transmitiu ontem a confiança dos portistas na conquista de mais uma Supertaça Cândido de Oliveira, embora não tenha escondido que do outro lado estará um adversário “forte e bem organizado”.

Bruno Alves fez um balanço positivo das primeiras cinco semanas de treinos – com vários jogos de preparação pelo meio - e não tem dúvidas de que a equipa está pronta para iniciar a competição oficial. “Temos trabalhado muito e bem nesta pré-época. A vitória no Torneio de Roterdão foi importante e creio que estamos todos preparados para chegar a Leiria no sábado e fazer um bom jogo contra o Sporting”, frisou. E para a equipa bicampeã nacional fazer um bom jogo passa exclusivamente por um resultado: a vitória. “Obviamente que queremos ganhar o jogo”, atirou sem rodeios, justificando o optimismo com a filosofia do Dragão. “Quando se trata de ganhar alguma coisa a equipa do FC Porto entra em campo sempre com enorme entusiasmo”. É esse o sentimento que o defesa pede aos adeptos para sábado à noite no Municipal de Leiria. “Espero que a nossa massa associativa nos acompanhe porque serão importantes para contribuir para a vitória”.

Sobre o adversário, Bruno Alves ainda não tem muitas referências quanto às características da versão 2007/08 do Sporting. “Vi apenas o jogo com o Guimarães”, contou. Ainda assim, já percebeu que as dificuldades serão as mesmas do passado. “Como em todos os anos, o Sporting tem uma equipa forte, bem organizada, mas cabe-nos contrariá-la e é isso que vamos fazer”, prometeu, mostrando-se pouco preocupado com o sistema táctico de Paulo Bento que, habitualmente, usa dois avançados. “É evidente que temos de estar atentos a todos os aspectos, mas o que interessa é a nossa postura e forma de jogar”, sublinhou.
Fonte: O Jogo

Camisola 10 ainda sem dono

O FC Porto já procedeu à distribuição dos números das camisolas pelo plantel que será estreada durante o jogo da Supertaça e a principal notícia é que ainda não há um sucessor para Anderson. A camisola 10, um número mítico no futebol mundial, não foi atribuída a nenhum dos jogadores do actual grupo, o que pode significar que o plantel dos bicampeões nacionais ainda não está encerrado e espera a inclusão de um jogador, mais concretamente um avançado, com dimensão para envergar a camisola reservada às estrelas.

De resto, não há muitas novidades na lista, para além da confirmação da presença do marroquino Tarik entre as opções de Jesualdo Ferreira, com a camisola número 17, e a não divulgação do número de camisola de Postiga, o que indica de forma muito clara que o ponta-de-lança não faz parte das opções de Jesualdo Ferreira para a temporada que arranca no sábado.

Como é evidente, com todas as entradas e saídas registadas no plantel até ao momento, há muitas camisolas a mudar de dono. A número 3, que Pepe envergou durante a última temporada, trasita para Pedro Emanuel, enquanto a camisola 2, outro dos números míticos do FC Porto, que tinha passado de Jorge Costa para Ricardo Costa, será vestida esta temporada por Bruno Alves. Os reforços Stepanov e Lino vão vestir o 4 e o 15, que pertenciam a Pedro Emanuel e Ezequias, respectivamente. Entre os médios, Paulo Assunção cedeu o 18 a Bolatti e passará a vestir o 6 que era de Ibson. Leandro Lima, um dos candidatos ao 10, vai afinal vestir o 20, enquanto Lucho e Raul Meireles mantêm respectivamente o 8 e o 16 da última época. Nos avançados, para além da evidente ausência de um número 10, destaque para a não divulgação do número de Hélder Postiga. Quaresma com o 7, Lisandro com o 9 e Adriano com o 28, mantêm os números da última temporada, enquanto os reforços Mariano, Farías e Edgar ficam com o 11, o 19 e o 29, respectivamente.

1 Helton*
2 Bruno Alves
3 Pedro Emanuel
4 Stepanov
5 Marek Cech
6 Paulo Assunção
7 Quaresma
8 Lucho
9 Lisandro
11 Mariano
12 Bosingwa
13 Fucile
14 João Paulo
15 Lino
16 Raul Meireles
17 Tarik
18 Bolatti
19 Farías
20 Leandro Lima
21 Luís Aguiar
24 Ventura*
25 Kazmierczak
26 Castro
28 Adriano
29 Edgar
30 Rui Pedro
33 Nuno Espírito Santo*
Fonte: O Jogo

"Reforço" Crónica d'O Jogo de Jorge Maia

Pagar dez milhões de euros e uns trocos por um jogador, mesmo que seja em duas suaves prestações, é um luxo a que poucas equipas portuguesas se podem dar. O FC Porto pode e deu-se. Deu-se Lucho, ou a metade de Lucho que lhe faltava. Pagou 6,650 milhões de euros pelos 50 por cento do passe que não estavam na sua posse, fazendo do médio argentino o reforço mais caro do plantel e, simultaneamente, o jogador mais caro da história do clube, com um custo acumulado de mais de dez milhões de euros. Um luxo tornado possível pelo fabuloso encaixe financeiro realizado com as vendas de Anderson, Pepe, Ricardo Costa e Hugo Almeida. Porque manter Lucho González no plantel, quando chovem propostas de clubes espanhóis e ingleses para o contratar, é mesmo um luxo, mas também uma necessidade. A verdade é que Jesualdo Ferreira ainda não conseguiu encontrar, entre os reforços contratados esta temporada, alguém capaz de substituir o argentino no meio-campo dos bi-campeões nacionais. Leandro Lima tem outras características e não pode ser chamado a cumprir as mesmas funções; Luis Aguiar foi testado na posição, mas, apesar de um arranque promissor, foi perdendo balanço e acabou por nem sequer ser chamado a participar no Torneio de Roterdão e, finalmente, Kazmierczak falhou no teste decisivo, realizado precisamente na Holanda, frente ao Feyenoord. Assim, depois de uma temporada em que foi o segundo jogador mais utilizado por Jesualdo Ferreira apenas atrás de Helton, Lucho continua a ser insubstituível e inestimável. E é por isso que, apesar de ser um luxo, pagar seis milhões de euros para o manter na equipa é um bom negócio. Até porque agora, para o vender, o FC Porto pode dar-se ao luxo de ser exigente.
Nem sempre
Pepe é um bom jogador e faz sempre falta.
Bruno Alves, central do FC Porto

08/08/07

"Prevenção" Crónica d'O Jogo de Jorge Maia

Isto começa cedo e começa mal. Os jogos ainda nem sequer contam para competições oficiais e já há quem sacuda de cima dos ombros para cima dos árbitros a responsabilidade pelos maus resultados. É um mau começo, por mais do que um motivo, e demonstra até que ponto os velhos hábitos são os mais difíceis de largar, até por quem costuma reclamar para si próprio o mérito de uma nova postura de credibilidade e responsabilidade entre os dirigentes desportivos. De que forma, por exemplo, é que as críticas de Soares Franco a Pedro Henriques no final do último jogo do Torneio do Guadiana contribuem para a credibilidade do futebol de uma forma responsável? Nenhuma. Pedro Henriques cometeu erros? É provável. Afinal, também ele está na pré-temporada, aquela fase da temporada em que os erros, ao contrário dos maus hábitos, ainda podem ser corrigidos. Aquilo que as críticas de Soares Franco já terão conseguido foi condicionar as escolhas do Conselho de Arbitragem da Federação para o jogo da Supertaça, com Pedro Henriques, um dos melhores da última temporada, a ser certamente riscado da lista de opções. Com um pouco de sorte, terão até conseguido condicionar o trabalho do árbitro – Pedro Henriques não será - que vai apitar o jogo entre o FC Porto e o Sporting. Mas aquilo que conseguiram, sem sombra de dúvidas, foi deitar por terra todo o esforço de credibilização da arbitragem realizado pela Liga ao longo dos últimos meses. Pelo caminho, o presidente do Sporting passou o anual atestado de irresponsabilidade aos seus jogadores. Se perderem, não foi porque correram menos, quiseram menos, jogaram menos que o adversário. Nada disso, a culpa foi do árbitro.
TAP: Vergonha
A forma como a TAP tratou os passageiros que tinham como destino o Aeroporto Sá Carneiro provenientes de Amesterdão durante o dia de ontem foi uma vergonha. O facto do FC Porto ter sido vítima desse tratamento, apenas torna essa vergonha num caso público e notória, quando muitas vezes deve passar despercebido. Atrasos sem explicações, desvios sem contemplações e transferências sem critério absolutamente nenhum não podem ser aceitáveis numa companhia aérea pública de um país civilizado. E depois, aquele Terminal 2 só pode servir para torturar os passageiros dos vôos internos. Uma forma retorcida de dizer que a Ota é mesmo muito necessária.

06/08/07

Torneio de Roterdão: FC Porto conquista o troféu após empate no Feyenoord-Liverpool

Ao vencer, esta tarde o Shangai Shenhua, por 3-0, o FC Porto conquistou o Torneio de Roterdão beneficiando do empate a um golo entre o anfitrião Feyenoord e o Liverpool, já esta noite, concluindo assim a prova com quatro pontos, seguido da equipa inglesa, também com quatro mas menos golos marcados, do Feyenoord, com dois, e da equipa chinesa, sem qualquer ponto conquistado. No jogo desta noite, realizado tal como o da tarde no Estádio De Kuip, a “Banheira” de Roterdão, o Liverpool foi mais forte, mas acabou por sofrer um golo por Drenthe, no derradeiro minuto da primeira parte. Nos segundos 45’, a formação inglesa procurou incessantemente o empate, conseguindo-o pelo “capitão” Gerrard, aos 72’. Perto do final da partida, o Feyenoord beneficiou de um penálti mal assinalado pelo árbitro (a bola foi à cara e não à mão do defesa do Liverpool), mas Reyna defendeu. Pouco depois terminava a partida, com o FC Porto a erguer o troféu.
Fonte: O Jogo

05/08/07

"Potencial" Crónica d'O Jogo de Jorge Maia

Os adeptos portistas que possam ter ficado preocupados com as dificuldades demonstradas pelos bicampeões nacionais no jogo com o Feyenoord, especialmente no ataque, podem sempre encontrar conforto na evidência de que, até ao próximo sábado e ao primeiro jogo oficial da temporada, com o Sporting, a equipa de Jesualdo Ferreira tem muito por onde melhorar. Empatar com uma equipa como o Feyenoord, demonstrando uma grande coesão defensiva, é uma boa base trabalho. Os holandeses reforçaram-se com jogadores do calibre de Roy Makaay, Van Bronckhorst ou Kevin Hofland, têm nos seus quadros um jovem prodígio como é o extremo Drenthe, jogaram perante o seu público e têm algumas semanas de vantagem em termos de preparação até porque o campeonato holandês está quase a começar. Apesar disso, o FC Porto dominou as operações durante a maior parte do jogo e as únicas oportunidades do Feyenoord resultaram de erros individuais. Agora, Jesualdo Ferreira tem uma semana para limar arestas, para recuperar os jogadores do cansaço acumulado ao longo das últimas semanas de trabalho e, quem sabe até para usar alguns dos jogadores que não viajaram com a equipa para a Holanda. Não é difícil perceber quanto o FC Porto que empatou com o Feyenoord pode crescer com Bosingwa no lado direito da defesa e Fucile de volta à esquerda, ou com Lucho González de volta ao seu lugar no meio-campo, fintando a necessidade de uma adaptação apressada de Kazmierczak às funções do argentino. Por outras palavras, não é preciso muito para que o FC Porto consiga demonstrar a mesma coesão no ataque que já é patente na defesa. Talvez uma semana seja o suficiente…
Melhorias
Podemos fazer bem melhor quando o entrosamento melhorar e o cansaço acumulado nos últimos tempos passar.
Pedro Emanuel, central do FC Porto