21/09/15

Aconteceu a 21 Setembro 1911

Neste dia, Guilherme do Carmo Pacheco assume a presidência do FC Porto, ele que já desempenhara relevantes funções na presidência de Monteiro da Costa. Nesse mesmo dia, a direcção reúne-se e determina o direito de voto aos associados, desde que os mesmos tivessem a idade mínima de 48 anos… Sinal dos tempos, obviamente.

Lopetegui: "Fomos muito superiores"

Absolutamente merecida. Foi assim que Julen Lopetegui classificou a vitória do FC Porto sobre o Benfica (1-0)​, este domingo, no Estádio do Dragão, que vale a liderança isolada, ainda que provisória, da Liga portuguesa. O treinador espanhol admitiu que na primeira parte, apesar de terem controlado o jogo, os Dragões tiveram que sofrer, mas defendeu que na segunda foram muito superiores e foram os úncios em campo que quiseram ganhar o jogo.
Lopetegui começou por considerar que os Dragões foram inteiramente merecedores dos três pontos conquistados nesta quinta jornada. Na primeira parte, tivemos o controlo do jogo, mas faltou-nos jogar por fora. Sofremos um pouco nas bolas paradas, em que o Benfica é forte. Mas a verdade é que não criou muito mais perigo para além desses lances. Na segunda parte, fomos claramente superiores, em jogo, em ocasiões de golo, em posse de bola, em remates, em tudo e devíamos ter inaugurado o marcador antes, porque tivemos oportunidades para isso. Fomos a única equipa que quis ganhar.
Na conferência de imprensa de antevisão do clássico​, o treinador exortou os jogadores a chegarem ao limite e foi o que viu no campo ao longo dos 90 minutos, apesar da longa e desgastante viagem a Kiev, para a Liga dos Campeões. Neste tipo de jogos, há que ir aos limites, não se ganha de outra forma. Tínhamos menos de um dia de descanso do que eles, tivemos um jogo muito duro na quarta-feira, chegámos às sete da manhã de quinta-feira, mas a equipa fez um esforço extraordinário, titânico. Estão todos de parabéns, a equipa que jogou e todos os outros jogadores que ficaram de fora, sublinhou.
Apesar de não ter por hábito individualizar os comentários aos seus jogadores, Lopetegui não resistiu desta vez quando lhe perguntaram sobre o herói do jogo desta noite: Estamos muito contentes pelo André André, é um miúdo fantástico, que está a escrever a sua própria história neste clube. É um rapaz sempre preparado para tudo e hoje esteve muito bem, tal como toda a equipa.
Do que Lopetegui não gostou tanto foi da exibição da equipa de arbitragem. É verdade, disse, que estes jogos são difíceis de arbitrar, pela intensidade que carregam, mas defendeu que houve dualidade de critérios de Artur Soares Dias: Fomos condicionados pelos amarelos mostrados pelo árbitro aos nossos jogadores e vimos que dois jogadores do Benfica não deviam ter terminado o jogo: o André Almeida devia ter visto o segundo amarelo e o Luísao também, no penálti que cometeu sobre o Aboubakar.
Foi a nota negativa numa grande noite do FC Porto, com uma vitória boa, mas que não representa mais do que três pontos. Falta muito campeonato, agora vamos pensar no Moreirense. Não há que tirar nenhuma conclusão nesta altura, afirmou o técnico espanhol, que se mostrou encantado com o apoio do público do Estádio do Dragão. A única forma de ganharmos títulos é assim, estando unidos em todos os momentos, finalizou.

O Clássico do Mestre André

​O FC Porto recebeu e venceu este domingo o Benfica (1-0), no Estádio do Dragão, em jogo a contar para a quinta jornada da Liga NOS. Um golo solitário de André André, aos 86 minutos, permitiu aos azuis e brancos chegar aos 13 pontos e manter a liderança do campeonato.
A primeira parte do clássico apelou ao sentido táctico de ambas as equipas e o equilíbrio foi a nota dominante, mas apesar de ter sido o FC Porto o primeiro a assumir as depesas ofensivas do encontro, foi o Benfica quem esteve mais perto de inaugurar o marcador. Logo aos oito minutos, um canto cobrado por Gaitán encontrou a cabeça de Mitroglou e este proporcionou a Casillas a primeira defesa vistosa da noite. Instantes depois, o guardião espanhol dos Dragões voltou a ser chamado a intervir, estirando-se para travar um cabeceamento de Luisão desviado com a ponta da chuteira por Mitroglou (11m). Os primeiros avisos chegaram de vermelho e Layún ainda tentou o alvo aos 40 minutos, mas o remate saiu ao lado e o nulo arrastou-se até ao intervalo.
O FC Porto entrou mais acutilante para a etapa complementar e demorou apenas três minutos até criar a mais flagrante oportunidade de golo. André André serviu Aboubakar de forma milimétrica e foi precisamente por milímetros que o avançado camaronês não abriu o activo no Dragão, cabeceando ao poste em zona privilegiada (48m). O ascendente portista conheceu novo episódio perto da hora de jogo, novamente com André André e Aboubakar nos papéis principais. O médio português lançou o camisola nove em velocidade nas costas da defensiva lisboeta, mas este não conseguiu ultrapassar Júlio César no momento da verdade (59m). Em abono da verdade, o Benfica praticamente não existiu no segundo tempo, à excepção de um cabeceamento por cima de Mitroglou (73m).
Sempre por cima, o FC Porto continuou incessantemente em busca do golo que garantisse a conquista dos três pontos no primeiro clássico da época. Quando já muitos não acreditavam que o nulo se desfizesse, Brahimi serviu Varela e este, com um toque tão delicioso quanto subtil, deixou André André na cara de Júlio César. Com toda a frieza e classe do mundo, o número 20 portista desfeiteou o guardião brasileiro e levou o Dragão à loucura, apontando o primeiro golo oficial com a camisola do FC Porto (86m). Triunfo justo e incontestável da equipa que mais fez por merecer a conquista dos três pontos.

20/09/15

Aconteceu a 20 Setembro 1972

Neste dia, o FC Porto recebia o poderoso Barcelona para a primeira mão da primeira eliminatória da Taça UEFA. Os Dragões, treinados pela velha raposa Fernando Riera, vencem por uns claros 3-1. Os catalães chegaram ao intervalo a vencer, mas dois golos de Abel e um de Flávio na segunda parte deixaram a eliminatória bem encaminhada – o FC Porto viria a vencer em Camp Nou por 1-0, golo de Flávio.

Marcano e Varela chamados para o clássico

O defesa Marcano, de regresso após castigo que o afastou da partida com o Dínamo de Kiev, e o avançado Varela são as novidades da lista de convocados dos Dragões para o jogo frente ao Benfica, da quinta jornada da Liga NOS, que será disputada este domingo, pelas 19h15, no Estádio do Dragão e terá transmissão da Sport TV 1. Em relação ao jogo em Kiev, saem dos eleitos o guarda-redes João Costa, do FC Porto B, o defesa Cissokho, o médio Evandro e o avançado Alberto Bueno.
Na sessão de trabalho deste sábado, que decorreu no Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, no Olival, Julen Lopetegui voltou a contar com todos os jogadores do plantel principal e ainda com o guarda-redes Filipe Ferreira, do FC Porto B. Não há lesionados no plantel.
Lista de 18 convocados: Helton e Casillas (guarda-redes); Maxi Pereira, Martins Indi, Maicon, Marcano, Rúben Neves, Varela, Brahimi, Aboubakar, Dani Osvaldo, Tello, Herrera, Jesús Corona, André André, Miguel Layún, Danilo e Imbula.

Lopetegui: "Temos de ser capazes de chegar ao limite"



Determinação, ambição, paixão. Foram as três palavras mais repetidas por Julen Lopetegui ao longo da conferência de imprensa de antevisão do clássico deste domingo, no Estádio do Dragão, com o Benfica (19h15), um adversário que vai exigir que o FC Porto seja capaz de chegar ao limite em cada momento do jogo para conquistar os três pontos e, assim, manter a liderança da Liga NOS no fim desta quinta jornada.
É um FC Porto-Benfica, não há qualquer tipo de favoritismo, defende o treinador espanhol: Todos sabemos o significado do jogo e da importância que tem para a equipa, para os adeptos e para a própria competição. É um clássico que queremos vencer, jogar bem, que vamos enfrentar com a máxima determinação, ambição, paixão e optimismo e em que temos de ser capazes de chegar ao limite em cada situação de jogo.
A equipa lisboeta chega a este encontro na terceira posição, com menos um ponto do que os portistas e, quando questionado sobre o adversário está mais forte ou mais fraco do que na época passa, Lopetegui aponta para o presente e para a sua própria equipa: Não é o momento para olhar para o passado, olhamos, sim, para o presente e para a nossa equipa, que é o que mais interessa, conscientes sempre do potencial do nosso adversário da importância da partida, mas sempre focados em nós e na determinação e a ambição que temos de mostrar.
E nem mesmo o calendário e o facto de o Benfica chegar a este clássico com mais um dia de descanso do que o FC Porto, é motivo para desviar o foco dos azuis e brancos na partida. Aceitamos o calendário como ele é. Calhou-nos assim e só temos que olhar em frente, nada mais. Não há espaço para falar de cansaço, respondeu o treinador espanhol que, perante uma sala cheia e com jornalistas mexicanos interessados em saber de Herrera, Corona e Miguel Layún. O momento, porém, não era o indicado para falar de individualidades, mas sim da equipa e do colectivo e do objectivo número um para este jogo: a vitória.
Para isso, a equipa azul e branca contará com o apoio dos adeptos num Estádio do Dragão que já está lotado desde sexta-feira​. Necessitamos dessa energia que os adeptos seguramente nos vão dar. A partir daí, somos nós que temos que fazer um bom jogo para ganhar a uma boa equipa. Esse é o nosso foco, garantiu Julen Lopetegui.