05/01/08

"A paragem" Crónica d'O Jogo de Alcides Freire

Sabendo-se que um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar, pelo menos é isso que diz a canção, Jesualdo Ferreira ficou ontem a milímetros da confirmação científica de que Janeiro de 2007 não se repetirá um ano depois. O que, numa primeira instância, é uma terrível notícia para o futebol. Sigam a linha de pensamento: então não seria melhor o FC Porto descer até junto, ou pelo menos deixar-se apanhar, por Benfica e Sporting? Existe uma corrente de pensamento defensora de que isso resolveria os problemas do futebol português. Pois bem, a resposta é um redondo não. Melhor seria que Benfica e Sporting alcançassem o FC Porto, porque aí sim, resolver-se-ia a ideia de que falta qualidade e competitividade ao futebol português. Seriam mais boas equipas. O contrário seria ferir a Bwin Liga de qualidade. Se se fosse pelo lado mais fácil do caminho pela competitividade, talvez não fosse possível ler no Diário de Notícias Maldini afirmar que acredita num FC Porto campeão europeu, até porque "tem uma equipa mesmo boa". Voltando a Jesualdo Ferreira. Não sendo possível garantir que o treinador tem razão, há pelo menos a ideia de que na primeira metade da época foi feita uma melhor gestão do plantel, algo que não sucedeu no ano passado. Por uma série de razões, a principal das quais um plantel que era, notoriamente, menos rico do que o actual. Um bom exemplo é Lucho, que na época passada apenas não cumpriu a totalidade da 1ª jornada da primeira volta, tendo acumulado 1250 minutos em 14 jogos. Esta época, ainda que substituído uma vez por lesão, não concluiu mais cinco jogos, perfazendo actualmente menos 159 minutos do que em igual período de 2006/07. Quase dois jogos.

Prestígio
Não vejo porque não. Têm uma excelente equipa e ficaram à frente do Liverpool, que no ano passado foi à final.
Maldini, afirmando que o FC Porto pode vencer a Liga dos Campeões

04/01/08

Treino à porta fechada para ultimar a táctica

O plantel do FC Porto trabalhou esta manhã à porta fechada no Centro de Treinos do Olival, em Gaia, para preparar a recepção no domingo à Naval, em jogo da 15ª. jornada da Liga bwin. Jesualdo Ferreira dispõe de todos os jogadores, não há lesionados portanto, e daí que o treinador portista tenha tido certamente possibilidade de trabalhar diversas soluções de natureza técnico-táctica. Amanhã haverá novo treino, mas desta vez no Estádio do Dragão, como usa acontecer na véspera de jogos em casa, e depois seguir-se-á o estágio até à hora do jogo com o conjunto da Figueira da Foz.

Fonte: O Jogo

Jesualdo Ferreira: “Parece que o Tarik é o Maradona…”

Jesualdo Ferreira, treinador do FC Porto deu esta manhã a habitual conferência de imprensa que antecede os jogos do campeonato e abordou diversos temas, desde o mercado de Inverno ao jogo frente á Naval, passando pela ausência de Taik, envolvido na disputa da CAN. “Não está na nossa perspectiva qualquer entrada. O plano do FC Porto passa por manter os jogadores e não vender ou comprar. Se grandes clubes, de acordo com as notícias, estão interessados nos jogadores do FC Porto, significa que eles têm trabalhado e evoluído bem. Agora a opção é dos jogadores: ou param, ou continuam a melhorar para serem ainda melhores. O currículo dos jogadores vale pelos títulos que eles têm… De resto, não fica mal a ninguém dizer que no futebol profissional se trabalha para ganhar dinheiro e ter uma boa vida. Até as renovações de contrato dentro do clube são feitas em função daquilo que se faz dentro de campo”, disse Jesualdo Ferreira que a seguir se referiu ao jogo com a Naval: “Sob o ponto de vista de trabalho, parece-me que a equipa está de novo bem. Estou seguro de que o que projectei para estes cinco ou seis dias foi conseguido. Os jogadores trabalharam bem, todos eles dentro dos parâmetros físicos desejáveis, trabalharam muito até agora e estamos preparados para recomeçar o campeonato num jogo com uma equipa difícil, que fez uma boa recuperação, que vem ao Dragão com uma motivação maior e com a perspectiva de tornar o jogo do FC Porto difícil. Nós vamos tentar torná-lo fácil”. Instado depois a falar sobre a ausência de Tarik na selecção de Marrocos, o técnico portista foi desabrido ao afirmar. “Parece que o Tarik é o Maradona. Tem feito um bom início de época, é um jogador importante, mas o FC Porto não fica a chorar nem a sangrar pela ausência dele”.


Fonte: O Jogo

"Montra" Crónica d'O Jogo de Alcides Freire

À primeira vista não existe nada de comum entre Rukavina, Gustavo Cabral e Pepe. Por acaso até são todos defesas, mas a coincidência ficaria por aí não se desse o caso de um deles explicar a fama passageira dos restantes. A culpa é do central do Real Madrid, ou melhor, por culpa da ida do central para o Real Madrid. Ou seja, o Verão voltou a contribuir para que o FC Porto se tenha tornado, por estes dias da reabertura do mercado de transferências, num parceiro ideal para jogadores à busca de notoriedade e de um salário melhor do que a primeira oferta. Rukavina, defesa-lateral do Partizan, estaria em negociações com o Feyenoord - ao que se sabe assinou pelo Borússia de Dortmund -, mas na imprensa holandesa falou-se da concorrência portista. Haverá melhor clube do que o FC Porto para jogadores como Rukavina? Afinal, Pepe foi descoberto pelo FC Porto quando jogava no Marítimo - famoso em Portugal, desconhecido em boa parte da Europa do futebol - e acabou transferido para o Real Madrid por 30 milhões de euros, recordará o empresário de qualquer Rukavina à lista de clubes interessados no seu representado. Imagine-se, portanto, o efeito que este FC Porto é capaz de ter nas negociações, permitindo até criar um hipotético paralelismo de Rukavina com Pepe. O mesmo princípio aplica-se a Gustavo Cabral, a quem bastou ter sido observado pelo FC Porto, fazendo parte de uma lista com centenas de nomes, para recordar isso mesmo em duas entrevistas a um dos mais importantes jornais argentinos. Palavras proferidas estrategicamente a poucos meses de terminar contrato com o actual clube, acrescente-se.

A CAN não valoriza a minha situação, mas vou fazer os possíveis para regressar nas melhores condições.
Tarik, Convocado para a Taça de África.

03/01/08

Três sub-19 chamados à selecção

André Pinto, Tengarrinha e Valter Fernandes são os três atletas portistas convocados para o estágio de preparação da equipa nacional de sub-19, que decorre nos próximos dias 7 e 8 de Janeiro, no Estádio Nacional.
A selecção portuguesa prossegue a preparação para a fase de qualificação para o Europeu de sub-19, disputando com Hungria, Lituânia e Chipre o primeiro lugar do Grupo 2, que garante o acesso ao Campeonato da Europa do escalão, agendado para Julho, na República Checa.

Fonte: Site Oficial

Sete atletas da equipa principal nos eleitos da Intercalar

Rui Barros divulgou, esta quarta-feira, a lista de convocados para o jogo da quinta ronda do Campeonato de Inverno da Liga Intercalar, que inclui sete atletas da equipa principal do F.C. Porto, nomeadamente Castro, Edgar, Farías, Mariano, Rui Pedro, Stepanov e Ventura.
O treinador azul e branco, que alterna a orientação da equipa nesta competição com João Pinto, chamou ainda para a visita ao Varzim os juniores André André, André Pinto, Chula, Eridson, Graça, Marco Aurélio, Ruca e Tengarrinha e os juvenis Amorim e Ramon.
O encontro entre os Dragões e a equipa poveira, que será transmitido em directo pela PortoCanal, terá lugar no Estádio do Varzim, hoje às 15h00.

Fonte: Site Oficial

"Problema: Lisandro" Crónica d'O Jogo de Alcides Freire

Problema significa, "ispsis verbis", uma "questão que se propõe para ser resolvida" e, nesse sentido, Lisandro está prestes a tornar-se num enorme problema. A culpa é de Tarik, em primeira instância da Taça de África, e a resolução é obra para Jesualdo Ferreira. E é aqui que se pede ao treinador do FC Porto que não ceda às tentações fáceis, aliás que risque do pensamento o nome do avançado argentino quando tiver de ocupar o espaço deixado vago pelo marroquino. A bem do futebol, esqueça que o Lisandro existe. Só por alguns segundos, os necessários para elaborar a táctica, escapando dessa forma à tentação de tirar o melhor marcador do campeonato português do lugar certo. A solução óbvia de recambiar Lisandro para o lado direito para disfarçar a ausência de Tarik não é uma solução ofensiva. É um ataque ao futebol. Não há diagonais perfeitas que resistam a ver Licha longe da baliza, no mínimo, demasiadas vezes longe da zona do campo onde marcou 13 golos desde o início da temporada. Melhor do que qualquer outro na Bwin Liga, nada que fique mal na comparação com os mais famosos avançados dos melhores campeonatos. Se o afastarem da baliza deixará de fazer sentido falar de Lisandro e da paciência do FC Porto. E se tudo isto não bastar para que Mariano Gonzalez ou outro qualquer tome o lugar de Tarik, que se recorde a Jesualdo, como que em última instância, o que aconteceu da última vez que Lisandro foi tapar um buraco no lado direito. Duas pistas: Choupana, derrota. Ou fará algum sentido que o melhor marcador tenha de trabalhar para os outros marcarem?

Não mudarás Tarik
Não há direito a período de adaptação. Mariano está no FC Porto desde o Verão e por isso jogará quando for necessário. Para a Naval, Jesualdo vai alinhar com o melhor onze. Até para começar bem o ano. Mariano que espere, enquanto Tarik se despede a jogar.

02/01/08

"CAN" Crónica d'O Jogo de Jorge Maia

Alguém disse uma vez que há uma solução para todos os problemas, embora muitas vezes seja uma solução errada. A Taça das Nações Africanas (CAN), por exemplo, sempre foi um problema, tanto para os clubes europeus como para os jogadores africanos que os representam e o seu agendamento para os meses de Janeiro e Fevereiro sempre foi uma solução errada. Os clubes ficam sem os jogadores durante dois meses essenciais, a meio das respectivas temporadas, numa altura em que se decidem muitos dos objectivos traçados para cada época, acabando muitas vezes por ter de recorrer ao mercado para cobrir essas ausências. Os jogadores, por seu lado, perdem o respectivo lugar nas equipas, deitando a perder todo o trabalho realizado na primeira metade da temporada. Tarik é um caso paradigmático dos problemas causados pelo agendamento da CAN. Dado como dispensável durante a pré-temporada, o marroquino acabou por conquistar um lugar de relevo no ataque do FC Porto, marcando alguns golos decisivos e afirmando-se como titular. Agora, a meio da temporada, vai perder o lugar para participar na CAN, forçando Jesualdo Ferreira a encontrar uma alternativa. Ora, ou as coisas correm bem ao seu substituto e Tarik perde o lugar pelo qual lutou desde o início da temporada, ou as coisas correm mal e a equipa sofre com isso. É uma daquelas situações em que é impossível ganhar e apenas mais um argumento a favor dos que acreditam que a CAN deveria ser disputada durante os meses de Verão.

Motivação
Sinto que ainda vou ser muito útil ao FC Porto.
Lino, jogador do FC Porto

31/12/07

"Explicações reforçadas" Crónica d'O Jogo de Jorge Maia

Às vezes, são precisamente as coisas mais simples as mais difíceis de perceber por alguns espíritos mais dados a grandes confusões. Vamos lá, então, tentar explicar isto outra vez, mais devagar, a ver se agora fica. Há uma diferença evidente entre a avaliação que se pode fazer sobre a utilização dos reforços contratados pelo FC Porto e os reforços contratados pelos outros dois grandes. O FC Porto é bicampeão nacional, lidera o campeonato com uma vantagem de sete pontos para o Benfica e nove para o Sporting e foi a única equipa portuguesa a garantir o apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. É, portanto, uma equipa que, tendo por base a formação que conquistou o título da última temporada, funciona. E bem. Ora, é muito mais complicado encontrar espaço numa equipa que funciona do que em equipas disfuncionais. Para usar um lugar comum que até quem não perceba nada de futebol possa entender, em equipa que ganha não se mexe. Já em equipas que não ganham pode mexer-se à vontade porque não há nada para estragar. De resto, parece evidente que o rendimento dos reforços não pode ser dissociado do rendimento da equipa. Afinal, um reforço que é muito usado numa equipa que está em terceiro lugar é mais ou menos rentável do que um que não joga na equipa que está em primeiro? Por outro lado, a história recente do FC Porto e até do actual onze titular - líder do campeonato há mais de dois anos consecutivos - demonstra que os reforços levam tempo a afirmar-se no bicampeão nacional porque precisam de ganhar espaço numa equipa em que a fasquia da titularidade está colocada bem alto. Ao contrário de outras. Aliás, conscientes disso mesmo, alguns jogadores "preferem" os clubes onde têm mais hipóteses de jogar. E se até eles percebem isso…

Fórmula mágica
(O segredo do FC Porto) Passa por contratar os jogadores certos. Normalmente, o FC Porto faz boas escolhas
Paulo Ferreira, jogador do Chelsea