28/11/13

FC Porto empata com o Áustria de Viena



O FC Porto não foi além de um empate, a uma bola, na receção ao Áustria de Viena e desperdiçou a possibilidade de ascender ao segundo lugar do Grupo G da Liga dos Campeões, depois do Zenit S. Peterburgo ter empatado com o Atlético de Madrid (1-1).
Para garantir o apuramento para os oitavos de final, os dragões têm de vencer na capital espanhola e esperar que os russos não ganhem na Áustria. Pelo menos, a Liga Europa está garantida.
Entrando em campo com o conhecimento do empate na Rússia, o F. C. Porto sofreu um duro revés nas suas aspirações logo aos 11 minutos, quando Kienast inaugurou o marcador. A partir daí, o jogo teve sentido único, com os dragões a tomarem de assalto a baliza austríaca. Porém, o melhor que conseguiram foi igualar o marcador, aos 48 minutos, com Jackson Martínez a dar o melhor seguimento à assistência de Mangala.
Jackson Martínez, por duas vezes, a última no período de compensação, dispôs das melhores oportunidades de golo, mas não conseguiu bisar e oferecer os três pontos aos campeões nacionais. No final, o público azul e branco despediu-se da equipa com assobios e lenços brancos para Paulo Fonseca.


Positivo/Negativo
+ Alex Sandro: Numa equipa com claro défice de qualidade nos flancos, o brasileiro voltou a ser o único que conseguiu criar dores de cabeça aos adversários. Até à entrada de Varela, o FC Porto esteve dependente das arrancadas de Alex Sandro.
+ Heinz Lindner: O guarda-redes austríaco foi a figura da partida. Lindner fez uma mão cheia de boas defesas e garantiu um inesperado ponto à sua equipa.
- Licá/Josué: Paulo Fonseca apostou nos dois portugueses para jogar nos flancos, mas nem Licá, nem Josué mostraram estar à altura da importância da partida.
- Paulo Fonseca: O treinador portista até se pode socorrer da estatística, mas começa a ter dificuldades em esconder o óbvio: o FC Porto está a atravessar um mau momento.

Conferência de imprensa
Se há aqui um responsável, sou eu. Assumo as responsabilidades e respondo perante o momento. Foi desta forma que Paulo Fonseca comentou o mau resultado do FC Porto, no final da partida da quinta jornada da Liga dos Campeões, com o Áustria Viena.
Acho que a explicação é fácil: não devíamos ter entrado a sofrer um golo aos 10 minutos e devíamos ter concretizado uma das muitas ocasiões que tivemos para marcar. Demos meia parte de avanço ao adversário. Sofremos um golo e a equipa ficou intranquila, não conseguiu reagir da melhor forma, embora na primeira parte tenhamos conseguido, em alguns momentos, penetrar pelos corredores laterais e criar três ocasiões claras de golo, começou por analisar o técnico.
A segunda parte foi bastante diferente, com outra determinação e vontade, com consecutivas ocasiões de golo. Só conseguimos concretizar uma e falhámos o nosso objectivo, que era ganhar o jogo, acrescentou.
Já em relação aos lenços brancos agitados por alguns adeptos presentes nas bancadas do Estádio do Dragão, Paulo Foseca mostrou compreensão: Não é agradável (lenços brancos), mas acho que é perfeitamente normal. Não há como fugir a isso. Há insatisfação nos adeptos e, obviamente, é o treinador que acaba por sofrer em função dos resultados que não conseguimos obter. Estão insatisfeitos com o resultado e nós também. Não fujo às minhas responsabilidades.
Paulo Fonseca falou ainda do que espera o FC Porto na derradeira jornada da fase de grupos da Champions: Obviamente, uma equipa que se quer apurar para a fase seguinte da Liga dos Campeões, tem de vencer e nós não vencemos qualquer dos três jogos em casa. Sabíamos que, perante o resultado do Zenit (1-1 com Atlético de Madrid), tínhamos de vencer e de ganhar também o ultimo jogo. O que muda é que temos de vencer o nosso jogo, em Madrid, e estamos dependentes do resultado do Áustria com o Zenit. Não vamos desistir. Vamos lutar até à última possibilidade, sabendo que, para isso acontecer, temos de vencer em Madrid, o que já teria de acontecer, independentemente do resultado de hoje.

26/11/13

Paulo Fonseca: "É imperativo vencer este jogo"



Paulo Fonseca, treinador do FC Porto, defendeu em conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Áustria de Viena, que a sua equipa quer “disputar um lugar na próxima fase” e, para isso, tem de vencer o próximo adversário. A partida conta para a 5.ª jornada do grupo G da UEFA Champions League e disputa-se na terça-feira, no Estádio do Dragão, pelas 19h45.
Segundo o treinador portista, o tricampeão nacional vai encarar este encontro da mesma forma de sempre: “O FC Porto entra sempre para vencer e neste jogo é imperativo fazê-lo. Neste momento, as coisas são bastante claras: se quisermos pensar no apuramento para a fase seguinte, ou pensar em ir a Madrid disputar um lugar na próxima fase, temos de ganhar o jogo com o Áustria Viena. Tivemos dificuldades em vencer este mesmo adversário na Áustria, é uma equipa em crescendo, com três vitórias em três jogos, que defende bem - mas nós temos a obrigação de ter aqui uma postura que nos leve a vencer o jogo e estamos motivados”. 
Paulo Fonseca não valorizou, no entanto, a outra partida do grupo, entre Zenit e Atlético de Madrid: “Temos de nos focar para levar de vencida este jogo e só depois ver o que aconteceu com os nossos adversários. Mesmo com todas as ausências, e até pelo valor de todo o plantel do Atlético, acredito que vai deslocar-se à Rússia com o claro intuito de vencer”.
O treinador considerou que não é fácil encontrar “explicações muito plausíveis” para alguns erros defensivos que têm ditado resultados menos positivos dos Dragões: “Só quem está dentro do campo é que entende como é que acontecem as coisas. Temos falado sobre isso e é notória a preocupação em não cometer esse tipo de erros. Acredito que vamos ultrapassar esta fase, visto que não são problemas de organização colectiva e que os jogadores estão cada vez mais cientes de que este tipo de erros não pode acontecer”.
Até porque, segundo Paulo Fonseca, apenas faltou uma coisa no encontro com o Nacional (1-1), do passado sábado: vencer. “Eu faço a minha análise em função do que é trabalhado durante a semana e, obviamente, não ficamos satisfeitos por não termos ganho, mas há indicadores que são bastante positivos. Isso faz-me reflectir e pensar que há coisas que estão a ser bem feitas. Podíamos estar melhor do que estamos, mas continuamos numa posição privilegiada em todas as competições em que estamos inseridos.
Demonstrando-se feliz pela presença de Jorge Nuno Pinto da Costa no treino - “é normal acontecer e congratulamo-nos por ter podido estar presente” -, Paulo Fonseca falou ainda um pouco sobre Quintero: “É um jogador com imenso talento e tem de se inserir na nossa ideia colectiva de jogo, que é algo que está a fazer bem. Entrou bem no jogo passado e, à semelhança de outros atletas, é um elemento que considero importante”.

24/11/13

Meia hora de palestra no regresso ao trabalho

Sem tempo a perder, o plantel do FC Porto regressou esta manhã ao trabalho, no Olival, para preparar o jogo da Champions com o Áustria de Viena, terça-feira, no Estádio do Dragão.
Agendada para as 10.30 horas, a sessão de trabalho arrancou passavam poucos minutos das 11. Paulo Fonseca reuniu o plantel no centro do relvado, para uma palestra que terá versado sobre o empate com o Nacional e a importância de dar uma resposta no compromisso europeu.
Ghilas, lesionado, Izmailov e Fucile, ambos dispensados para tratar de assuntos pessoais, não trabalharam com os restantes companheiros.
Bolat, Reyes, Carlos Eduardo e Kelvin, todos ao serviço da equipa B, também não marcaram presença no Olival.
Os azuis e brancos voltam a treinar-se esta segunda-feira, a partir das 10 horas, no Estádio do Dragão. Para as 12.30 horas está marcada a conferência de Imprensa de Paulo Fonseca e um jogador do plantel, de lançamento do jogo com o Áustria de Viena.

FC Porto volta a empatar para o campeonato

O FC Porto cedeu uma igualdade em casa com o Nacional (1-1) e permitiu a aproximação do Benfica, que está agora apenas a um ponto dos dragões no topo da tabela. Foi o segundo empate seguido da equipa de Paulo Fonseca na Liga.
Um golo de Jackson Martínez, aos 54 minutos, deu vantagem à equipa portista, mas não foi suficiente para garantir o triunfo. A oito minutos dos 90, o Nacional restabeleceu a igualdade, por intermédio de Rondon.
Nos instantes finais, o FC Porto tentou voltar a adiantar-se no marcador e teve uma grande oportunidade já nos descontos, mas Jackson não foi capaz de bater o guarda-redes Gottardi, que fez uma bela defesa.
Com este empate, os dragões continuam no comando do campeonato, mas o Benfica tem agora apenas menos um ponto e o Sporting também pode aproximar-se, se vencer este domingo em Guimarães.

O FC Porto voltou a pagar pela sua incapacidade em segurar vantagens. Pela quinta vez esta temporada, não conseguiu ganhar depois de ter inaugurado o marcador e agora a sua liderança na Liga está reduzida a um ponto. O Nacional, a equipa que mais vezes ganhou no Dragão, arrancou um empate (1-1) e foi a primeira formação, no campeonato, a roubar pontos aos portistas no seu estádio. Jackson Martínez abriu o activo já na segunda parte e Mario Rondón fez a igualdade definitiva já nos últimos dez minutos.
A equipa de Paulo Fonseca, que somou o segundo empate consecutivo no campeonato e o terceiro (sempre por 1-1) nos últimos quatro jogos no conjunto de todas as provas, evidenciou os mesmos problemas de grande parte das partidas anteriores. E por isso foi assobiada pelos seus adeptos, que não pouparam especialmente Varela durante o jogo e Paulo Fonseca no final.
Teve mais oportunidades do que o Nacional - muitas delas pouco perigosas -, muitos remates e cantos, muita posse de bola, mas isso não chegou, porque demonstrou muita falta de eficácia no remate, desperdiçando os lances que Josué e Lucho González, os melhores da equipa, criaram para os colegas, e pouca ligação na última aproximação à área de Gottardi. Voltou a não ter jogadores que desequilibrassem o jogo e, no final, voltou a ser traída por um erro da defesa. 
O Nacional não foi uma equipa muito ambiciosa, mas a verdade é que despertou a tempo depois de ficar em desvantagem, mostrando-se perigosa no contra-ataque.
Aos 20 minutos da primeira parte, o FC Porto, que reclamou um penálti perto do intervalo, já tinha cerca de dez remates, mas Varela desperdiçou por cima da baliza a melhor oportunidade (8’) e Jackson não conseguiu a melhor recepção após uma assistência de Lucho (16’). Tal como no jogo da época passada no Dragão entre as duas equipas, Jackson fez o 1-0 de cabeça na sequência de um canto - a assistência não foi de João Moutinho, mas de Danilo (52’).
Mas, desta vez, o resultado – e o Nacional – não se ficaram por aqui. Depois de Lucho não ter feito o 2-0, João Aurélio foi o primeiro a ameaçar, mas seria Mateus, que comprovou a sua utilidade antes de se transferir para o 1.º de Agosto, quem criaria o caos na defesa portista. Otamendi perdeu a bola, ainda foi a tempo de cortar em cima da linha o remate do angolano, mas Mario Rondón não falhou a recarga (82’).
O FC Porto ainda conseguiu pressionar o Nacional, mas Gottardi salvou o empate, frustrando o isolado Jackson (90+3’). E o Nacional, que ganhou três vezes em 15 jogos no recinto do FC Porto na Liga, deu razão ao rótulo de “besta negra” do FC Porto que Paulo Fonseca lhe pôs.

Positivo e Negativo
+ Miguel Rodrigues e Mexer: A dupla de centrais foi uma das razões que impediram o FC Porto de concretizar o seu domínio territorial. O português, de 20 anos, fez um jogo para recordar.
+ Josué e Lucho: O esquerdino foi o melhor do FC Porto na primeira parte e a sua saída não funcionou a favor da sua equipa. Fez uma assistência não aproveitada por Varela. O argentino foi o melhor amigo de Jackson, que poderia ter saído do jogo com mais do que um golo.
- Paulo Fonseca: Foi assobiado por uma boa parte dos adeptos portistas (alguns dos quais exibiram uma tarja de homenagem a Pinto da Costa durante o jogo), descontentes com as exibições e os últimos resultados. Não conseguiu mudar a falta de velocidade da equipa a partir do banco.
- Varela: Muitos erros e inúmeras perdas de bola.