08/12/06

A ironia do dia seguinte

Em Inglaterra, joga-se para ganhar. Sempre e só. O Arsenal fugiu à regra, no Dragão, para defender o empate que garantiria a passagem aos oitavos-de-final. De tão anormal, a estratégia que Wenger comandou, frente ao FC Porto, valeu-lhe uma série de exercícios de ironia, na imprensa britânica de ontem. Houve quem lhes chamasse uma equipa “sonâmbula”; quem lamentasse a solidão de Adebayour, na frente de um ataque que não existiu, e até quem sugerisse que, se o nulo era o resultado combinado, porque servia a todos, então Quaresma “não leu o guião” e ia deitando tudo a perder com os dois remates que disparou, fora do alcance de Lehmann, mas devolvidos pelo mesmo poste – se fez de propósito, então o portista “deve ser o melhor do Mundo”!

“Thierry Henry iniciou um mês de recuperação, mas poderia ter participado neste jogo, sem que isso tivesse interferido com o seu descanso”

“The Guardian”

“Se era para ser o empate certo que toda a gente previa, então, obviamente, o portista Quaresma não leu o guião (…) Seguramente, nenhum futebolista é assim tão bom que consiga atingir duas vezes o poste de propósito, só para parecer que o resultado não estava combinado? Se é assim, Quaresma deve ser o melhor jogador do Mundo!”

“The Sun”

“Adebayour estava tão sozinho na frente que lhe teria dado jeito um pombo-correio para entrar em contacto com os companheiros”

“The Sun”

“O Arsenal podia ter jogado toda a noite sem avançado. Desculpem, foi exactamente o que aconteceu!”

“Daily Star”


Fonte: O Jogo

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