23/07/19

Dragões Diário 23-07-2019

3.832 quilómetros é a distância que o plantel principal do FC Porto vai ter de percorrer até Krasnodar para começar a disputar a terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões. O sorteio realizado ontem em Nyon ditou que é com o terceiro classificado da última edição do campeonato da Rússia que os Dragões vão lutar pelo acesso ao playoff.
 
Já pode anotar na sua agenda: a primeira mão da eliminatória realiza-se a 7 de Agosto, neste estádio inaugurado em 2016, bem parecido com o Olímpico de Berlim; a segunda está marcada para dia 13, no Dragão. O jogo da Rússia marcará o arranque oficial da temporada azul e branca, que continua a ser preparada no Algarve.
 
Foi em Lagos, por isso, que Danilo Pereira reagiu ao sorteio. O capitão sabe que o Krasnodar é uma equipa difícil, que já se encontra em competição, e destacou que a eliminatória envolve uma viagem complicada. Ainda assim, como o balanço do estágio é muito positivo, as perspectivas são boas: vamos estar preparados.
 
É possível que o leitor não conheça bem este adversário, com o qual o FC Porto nunca se cruzou. O FC Krasnodar foi fundado em 2008 e é um produto típico da sociedade russa pós-soviética. O proprietário do clube é um dos maiores milionários do país, que não hesita em usar a fortuna feita no retalho para impulsioná-lo.
 
Na primeira divisão desde 2011/12, o Krasnodar nunca se classificou abaixo do décimo lugar e tem sido sempre terceiro ou quarto desde 2014/15. Já com algumas participações na Liga Europa, atingiu os oitavos de final da competição em 2018/19. Pelo caminho, fez uma excelente fase de grupos (12 pontos) e eliminou o Bayer Leverkusen.
 
No plantel atual, o Krasnodar conta com dois jogadores que passaram pelo futebol português: Stanislav Kritciuk, guarda-redes que representou o Braga e o Rio Ave, e Kaio, médio brasileiro que na temporada passada efectuou 24 jogos pelo Santa Clara. O primeiro chegou mesmo a ser treinado por Sérgio Conceição no Minho, em 2014/15.
 
Os mais atentos ao futebol europeu devem ainda reconhecer os nomes de Tonny Vilhena e Marcus Berg, que chegaram à Rússia este verão e que são, respectivamente, internacionais pela Holanda e pela Suécia. Também integra este plantel o marcador do primeiro golo do Mundial de 2018, Yuri Gazinskiy, presença habitual na selecção russa.

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