29/08/07

"Big Bang" Crónica d'O Jogo de Jorge Maia

Como dizia Terry Pratchett, um conhecido escritor de ficção científica inglês, numa definição livre da teoria do Big Bang: no início não havia nada, e explodiu. Uma definição que também serve para descrever o início de temporada do FC Porto. No início, não havia nada, nem sequer o benefício da dúvida, esgotado pelos bicampeões nacionais na derrota com o Sporting para a Supertaça. Aliás, no início, havia menos que nada, porque o calendário confrontava os portistas com os fantasmas de um passado recente e com um ciclo de três jogos a que correspondiam a outras tantas derrotas na temporada anterior. No início não havia nada, e explodiu. Explodiu em Braga, com Quaresma a marcar duas vezes de livre directo, um fenómeno tão raro nas últimas temporadas dos bicampeões nacionais como um eclipse solar. E voltou a explodir contra o Sporting, com uma vitória justa na cobrança inteligente de um livre indirecto que já foi indiscutível, passou por ser justificável antes de ser polémico, mas que, com jeitinho, ainda há-de acabar encravado na carreira de Pedro Proença como pecado Capital, assim mesmo, com maiúscula. Entretanto, ao fim de apenas duas jornadas, o FC Porto lidera o campeonato, a par do Marítimo, com uma vantagem de três pontos sobre o Sporting e quatro sobre o Benfica. Mais importante do que isso, já deixou para trás dois dos adversários mais complicados da temporada, o vice-campeão e o quarto classificado da última época, duas equipas que se reforçaram significativamente para esta temporada e que, à excepção dos jogos com o FC Porto, estão a fazer um excelente início de campeonato. No início não havia nada, e explodiu. Só falta saber se este arranque dos bicampeões nacionais também vai chamuscar o Leiria.


Tarda, mas não falha
Soares Franco, presidente do Sporting, disse ontem ter visto com mágoa as declarações de Pedro Proença sobre o lance que resultaria no golo do FC Porto durante o clássico do último fim-de-semana. Suponho que o presidente do Sporting não ouviu as declarações de Paulo Bento, no final do jogo, sobre a arbitragem do clássico, ou a mágoa teria sido ainda maior. "Foi uma boa arbitragem, que não teve influência no resultado", disse o treinador do Sporting.

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