Neste dia, o novíssimo Estádio das Antas era palco de uma grande homenagem a Frederico Barrigana. Conforme noticiado pelo jornal O Porto da época, o Benfica foi o convidado da festa que assinalava os dez anos do Mãos de Ferro na Invicta. Acabado de ser inaugurado, o recinto azul e branco encheu para um clássico de carácter particular que teve nas redes portistas a principal figura. Idolatrado pelas bancadas e imensamente respeitado tanto pelos colegas como pelos rivais, Barrigana foi brindado com inúmeros presentes e com as maiores ovações da tarde.
Nascido em Alcochete trinta anos antes, o internacional português que iniciou a carreira profissional como corticeiro foi um dos melhores guarda redes da história do FC Porto. Ao longo de doze temporadas, o ex-sportinguista que tinha um prazer especial em defrontar os leões foi dono e senhor da baliza dos Dragões e ultrapassou a concorrência que o tapava no Lumiar, acabando por render Azevedo entre os postes de Portugal. Defendeu o brasão abençoado em 259 ocasiões e foi pioneiro na implementação dos valores por que a instituição ainda hoje se rege: quando perco fico aborrecido e doente. Não sei perder! Até a treinar não gosto de sofrer golos. Viria a falecer em Setembro de 2007, no Hospital de Águeda, vítima de doença pulmonar. O seu legado continua bem vivo.
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