07/11/13

FC Porto empata a um golo com o Zenit



À boa maneira portuguesa, o FC Porto terá de esperar pelas contas que aí vêm. O empate desta quarta-feira mantém os dragões atrás dos russos e a esperança reside no que sair do Zenit-At. Madrid da próxima jornada.
Paulo Fonseca tinha razão: uma coisa é jogar nas provas europeias, outra bem diferente é defrontar a maioria das equipas nacionais. Nesta fase, na Champions, não há ferrolhos. Todos querem os três pontos, sem jogos de palavras...
São Petersburgo acolheu um desafio vivo. Inicialmente, o Zenit entrou encolhido e disso tirou proveito o F. C. Porto para fazer subir as linhas e instalar-se no meio-campo adversário. Spalletti só vislumbrava possíveis ocasiões de golo quando os lançamentos longos apanhavam Hulk ou Danny.
Aos 22 minutos, a estatística espelhava a realidade dos acontecimentos: o F. C. Porto detinha 64% da posse de bola, contra apenas 36% da equipa russa. No minuto seguinte, os dragões deram uma machadada no calculismo dos locais. Danilo galgou terreno, cruzou à medida de Lucho e o argentino fez um golo de belo efeito, num amortecimento, de cabeça, que traiu o falhado golpe de vista de Lodygin.
Apesar de ainda ser cedo, os campeões nacionais tinham o futuro nas mãos e estava aberto o caminho para fazer uso de uma imagem de marca ostentada no passado: a eficiente gestão dos resultados. Porém, a descida das nuvens à terra, foi uma questão de cinco minutos. No Petrovski, passou um filme já visto esta época. A defesa voltou a errar. Mesmo sendo o "Incrível" para os adeptos portistas, Hulk não se fez rogado e espetou a bola no fundo as redes azuis e brancas.
A partir daí, para o onze do FC Porto, foi sempre a descer, embora também tivesse usufruido de oportunidades. O Zenit cresceu muito na segunda parte, as substituições introduzidas por Paulo Fonseca pouco ou nada mudaram e o resultado até pode ser considerado lisonjeiro para a formação da Invicta. Valeu Helton, não só a defender um penálti apontado por Hulk, como numa defesa a um remate de Arshavin.
O FC Porto do segundo tempo não foi o mesmo do período inicial, também por culpa da maior pressão do Zenit, continuando, por isso, sem se saber se os portistas têm andamento para esta prova de elite. Perdeu-se uma oportunidade e agora os oitavos dependem de terceiros. Os dragões têm de vencer o Áustria Viena e esperar o que sairá do Zenit-Atlético Madrid. Esta quarta-feira, o desfecho satisfez os russos, que foram aplaudidos no final.

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