22/10/15

Pinto da Costa : "Há um manto protector sobre tudo"


Jorge Nuno Pinto da Costa considera que se as famosas ofertas feitas pelo Benfica aos árbitros, nos jogos em casa, se passassem no FC Porto, o caso já tinha extravasado as fronteiras mediáticas portuguesas. No meio de tanta anormalidade que vejo todos os dias, já acho tudo normal. Só há uma coisa interessante: há coisas que se têm passado no futebol português, e que não é preciso individualizar, que, se fosse connosco, a esta hora já estavam na CNN, declarou às edições desta quinta-feira dos jornais JN e O Jogo.
Um dia depois de Vítor Pereira, presidente do Conselho de Arbitragem, ter afirmado que desconhecia as caixas entregues aos árbitros, delegados e observadores dos jogos realizados no Estádio da Luz e no Seixal, o presidente portista defendeu que continua a existir no futebol português um manto protector sobre tudo, que se passa levemente. É como o Augusto Gil, batem leve, levemente… Mas se fosse no FC Porto, não bateriam levemente, já estaríamos mortos nesta altura, acrescentou.
Falando à margem da apresentação da escola Dragon Force Toronto, Pinto da Costa também comentou o feito de Rúben Neves no jogo frente ao Maccabi Telavive, em que se tornou o mais jovem capitão de sempre na Liga dos Campeões: Senti uma grande satisfação ao vê-lo com a braçadeira, porque a mística do FC Porto também se faz de jogadores nascidos aqui. Trata-se de um jogador com largo futuro, que tem sabido manter a modéstia e não se colocou em bicos de pés, e esse tem sido um dos grandes trunfos na sua evolução favorável e positiva. Espero que ele fique muitos anos no FC Porto. O Rúben Neves tem contrato até 2019 e gostaríamos de o manter no clube, como uma espécie de João Pinto. Que ele fosse um símbolo da transmissão da mística por várias gerações.
O presidente portista deu um outro exemplo do que é ser um jogador à Porto: É preciso escolher bem os jogadores que, pelo seu carácter, se adaptem bem à nossa mística, como é o caso de Maxi Pereira, como toda a gente reconhece hoje. Ele tem uma entrega total durante os 90 minutos e vive intensamente o clube, como se aqui tivesse nascido.

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