Fórmula mágica
(O segredo do FC Porto) Passa por contratar os jogadores certos. Normalmente, o FC Porto faz boas escolhas
Paulo Ferreira, jogador do Chelsea
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Surgiu, nos últimos dias, a ideia de que o público do Dragão teria perdido a paciência com Quaresma. Houve até quem tivesse ouvido nos assobios dispensados ao extremo, em particular no jogo com o Marselha, um estridente e sonoro pedido a Jesualdo Ferreira para tirá-lo de campo. Ora, cada um ouve aquilo que quer nos assobios e eu ouvi uma coisa diferente. O que o público do Dragão quer, parece-me, não é que Quaresma seja substituído por outro jogador qualquer, mas que jogue como só ele sabe, como só ele pode. E, como é óbvio, ninguém nas bancadas do Dragão vai ficar satisfeito com menos do que aquilo a que Quaresma os foi, bem ou mal, habituando ao longo dos últimos anos. Depois, ainda há o detalhe de Quaresma ser um dos raros jogadores a quem vale a pena cobrar alguma coisa. Tome-se o jogo com o Marselha como exemplo. Depois de ter passado a maior parte da partida perdido nos seus próprios labirintos, o extremo foi despertado pelos assobios das bancadas e acordou a tempo de fazer pelo menos duas boas assistências: a primeira serviu para Lisandro ensaiar o golo que fixaria na sequência da segunda. Foram apenas dez minutos à Quaresma, mas o suficiente para fazer a diferença entre um mau empate e uma excelente vitória. Uma diferença que o público do Dragão se habituou a esperar de Quaresma e que vai continuar a cobrar-lhe sempre que achar que o extremo pode dar mais. E Quaresma pode quase sempre dar mais.
Arbitragem: Jarras e jarrados
Os árbitros dos dois últimos jogos em que o FC Porto participou foram "castigados" pela Comissão de Arbitragem por erros cometidos nessas partidas. Curiosamente, apesar de quase todos os jogos do actual campeonato serem marcados por erros de arbitragem mais ou menos grosseiros, só esses dois foram alvo de tal sanção. Curiosamente...
Após a estreia de ontem na UEFA Champions League, Stepanov protagonizou esta quinta-feira, também pela primeira vez, uma «super flash», traçando a antevisão do jogo frente à Académica, na qual frisou o desejo do F.C. Porto de triunfar em Coimbra e assim vincar o primeiro lugar da Liga 2007/08.
Naturalmente feliz com a vitória sobre o Besiktas, o defesa-central lembrou, no relvado do Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, que o sucesso dos Dragões, tanto em Portugal como na Europa, é normal, e assegurou, entre outras ideias que desenvolvemos nos parágrafos seguintes, que a equipa não vai relaxar para o encontro da 7ª jornada do campeonato.
O F.C. Porto está a jogar bem, tanto em Portugal como na Europa, e este sucesso é normal para o clube. Já estávamos à espera de um ambiente daqueles na Turquia e sabíamos que o Besiktas tinha uma boa equipa e jogadores de qualidade, mas conseguimos fazer uma exibição que, embora talvez não tenha sido das mais vistosas, nos permitiu conquistar os três pontos.
Ainda é muito cedo para falar em conquistar a UEFA Champions League. Antes de mais, temos de nos qualificar para a próxima fase, que é, para já, o objectivo mais importante. Acredito termos boas hipóteses para marcar presença nos oitavos-de-final, mas ainda faltam quatro jogos.
Temos de pensar no próximo jogo como o mais importante e estou certo de que vamos a Coimbra para ganhar à Académica e amealhar mais três pontos no campeonato, de modo a vincarmos o primeiro lugar na Liga. Não será fácil, uma vez que todas as equipas querem vencer o F.C. Porto, mas o nosso pensamento só passa pelo triunfo. Não estou apreensivo em relação à atitude da equipa para o jogo contra a Académica, pois sei que no F.C. Porto os atletas nunca relaxam. No futebol, é normal às vezes jogar mal e ganhar três pontos ou jogar bem e perder, pelo que nunca se sabe o que pode acontecer, mas posso assegurar que, independentemente de quem joga, a equipa está sempre preparada para vencer o próximo desafio.
No início, notei algumas diferenças entre o futebol turco e o português e tive de me adaptar a esta nova realidade. Durante cerca de um mês e meio observei atentamente o sistema e percebi que em Portugal se joga um futebol mais rápido ao longo dos 90 minutos. Neste momento, penso já estar adaptado a esse ritmo.
Fonte: Site Oficial