31/12/07

"Explicações reforçadas" Crónica d'O Jogo de Jorge Maia

Às vezes, são precisamente as coisas mais simples as mais difíceis de perceber por alguns espíritos mais dados a grandes confusões. Vamos lá, então, tentar explicar isto outra vez, mais devagar, a ver se agora fica. Há uma diferença evidente entre a avaliação que se pode fazer sobre a utilização dos reforços contratados pelo FC Porto e os reforços contratados pelos outros dois grandes. O FC Porto é bicampeão nacional, lidera o campeonato com uma vantagem de sete pontos para o Benfica e nove para o Sporting e foi a única equipa portuguesa a garantir o apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. É, portanto, uma equipa que, tendo por base a formação que conquistou o título da última temporada, funciona. E bem. Ora, é muito mais complicado encontrar espaço numa equipa que funciona do que em equipas disfuncionais. Para usar um lugar comum que até quem não perceba nada de futebol possa entender, em equipa que ganha não se mexe. Já em equipas que não ganham pode mexer-se à vontade porque não há nada para estragar. De resto, parece evidente que o rendimento dos reforços não pode ser dissociado do rendimento da equipa. Afinal, um reforço que é muito usado numa equipa que está em terceiro lugar é mais ou menos rentável do que um que não joga na equipa que está em primeiro? Por outro lado, a história recente do FC Porto e até do actual onze titular - líder do campeonato há mais de dois anos consecutivos - demonstra que os reforços levam tempo a afirmar-se no bicampeão nacional porque precisam de ganhar espaço numa equipa em que a fasquia da titularidade está colocada bem alto. Ao contrário de outras. Aliás, conscientes disso mesmo, alguns jogadores "preferem" os clubes onde têm mais hipóteses de jogar. E se até eles percebem isso…

Fórmula mágica
(O segredo do FC Porto) Passa por contratar os jogadores certos. Normalmente, o FC Porto faz boas escolhas
Paulo Ferreira, jogador do Chelsea

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