04/01/08

"Montra" Crónica d'O Jogo de Alcides Freire

À primeira vista não existe nada de comum entre Rukavina, Gustavo Cabral e Pepe. Por acaso até são todos defesas, mas a coincidência ficaria por aí não se desse o caso de um deles explicar a fama passageira dos restantes. A culpa é do central do Real Madrid, ou melhor, por culpa da ida do central para o Real Madrid. Ou seja, o Verão voltou a contribuir para que o FC Porto se tenha tornado, por estes dias da reabertura do mercado de transferências, num parceiro ideal para jogadores à busca de notoriedade e de um salário melhor do que a primeira oferta. Rukavina, defesa-lateral do Partizan, estaria em negociações com o Feyenoord - ao que se sabe assinou pelo Borússia de Dortmund -, mas na imprensa holandesa falou-se da concorrência portista. Haverá melhor clube do que o FC Porto para jogadores como Rukavina? Afinal, Pepe foi descoberto pelo FC Porto quando jogava no Marítimo - famoso em Portugal, desconhecido em boa parte da Europa do futebol - e acabou transferido para o Real Madrid por 30 milhões de euros, recordará o empresário de qualquer Rukavina à lista de clubes interessados no seu representado. Imagine-se, portanto, o efeito que este FC Porto é capaz de ter nas negociações, permitindo até criar um hipotético paralelismo de Rukavina com Pepe. O mesmo princípio aplica-se a Gustavo Cabral, a quem bastou ter sido observado pelo FC Porto, fazendo parte de uma lista com centenas de nomes, para recordar isso mesmo em duas entrevistas a um dos mais importantes jornais argentinos. Palavras proferidas estrategicamente a poucos meses de terminar contrato com o actual clube, acrescente-se.

A CAN não valoriza a minha situação, mas vou fazer os possíveis para regressar nas melhores condições.
Tarik, Convocado para a Taça de África.

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