22/10/15

Aconteceu a 22 Outubro 2003

Neste dia, reviravolta em Marselha. Depois de perder em casa com o Real Madrid o FC Porto precisava de vencer em França para simplificar as contas do apuramento na Liga dos Campeões. A verdade é que até foi o Marselha a adiantar-se no marcador, mas a revolta dos Dargões não demorou muito, com Maniche, Derlei e Alenitchev a marcarem os golos da vitória do FC Porto por 3-2. Ainda estava no princípio uma caminhada que só haveria de terminar em Gelsenkirchen.

Pinto da Costa : "Há um manto protector sobre tudo"


Jorge Nuno Pinto da Costa considera que se as famosas ofertas feitas pelo Benfica aos árbitros, nos jogos em casa, se passassem no FC Porto, o caso já tinha extravasado as fronteiras mediáticas portuguesas. No meio de tanta anormalidade que vejo todos os dias, já acho tudo normal. Só há uma coisa interessante: há coisas que se têm passado no futebol português, e que não é preciso individualizar, que, se fosse connosco, a esta hora já estavam na CNN, declarou às edições desta quinta-feira dos jornais JN e O Jogo.
Um dia depois de Vítor Pereira, presidente do Conselho de Arbitragem, ter afirmado que desconhecia as caixas entregues aos árbitros, delegados e observadores dos jogos realizados no Estádio da Luz e no Seixal, o presidente portista defendeu que continua a existir no futebol português um manto protector sobre tudo, que se passa levemente. É como o Augusto Gil, batem leve, levemente… Mas se fosse no FC Porto, não bateriam levemente, já estaríamos mortos nesta altura, acrescentou.
Falando à margem da apresentação da escola Dragon Force Toronto, Pinto da Costa também comentou o feito de Rúben Neves no jogo frente ao Maccabi Telavive, em que se tornou o mais jovem capitão de sempre na Liga dos Campeões: Senti uma grande satisfação ao vê-lo com a braçadeira, porque a mística do FC Porto também se faz de jogadores nascidos aqui. Trata-se de um jogador com largo futuro, que tem sabido manter a modéstia e não se colocou em bicos de pés, e esse tem sido um dos grandes trunfos na sua evolução favorável e positiva. Espero que ele fique muitos anos no FC Porto. O Rúben Neves tem contrato até 2019 e gostaríamos de o manter no clube, como uma espécie de João Pinto. Que ele fosse um símbolo da transmissão da mística por várias gerações.
O presidente portista deu um outro exemplo do que é ser um jogador à Porto: É preciso escolher bem os jogadores que, pelo seu carácter, se adaptem bem à nossa mística, como é o caso de Maxi Pereira, como toda a gente reconhece hoje. Ele tem uma entrega total durante os 90 minutos e vive intensamente o clube, como se aqui tivesse nascido.

18/10/15

Aconteceu a 18 Outubro 2006

Neste dia, o FC Porto recebia o Hamburgo para a Liga dos Campeões e despachava os alemães por uns claros 4-1. Lisandro (dois), Hélder Postiga e Lucho González fizeram os golos num jogo em que os Dragões mostraram enorme superioridade.

Marcano está apto e Maicon continua recuperação



Marcano está apto e já trabalhou este domingo sem limitações, no Centro de Treinos e Formação PortoGaia, no Olival. Na primeira sessão tendo em vista a recepção ao Maccabi Telavive, em encontro da terceira jornada do grupo G da Liga dos Campeões (terça-feira, 19h45), Maicon prosseguiu a recuperação da sua lesão, tendo efectuado tratamento.
O plantel do FC Porto volta a treinar esta segunda-feira, pelas 10h30, no Estádio do Dragão, com os primeiros 15 minutos abertos à comunicação social. Às 13h00, no Auditório José Maria Pedroto, o treinador Julen Lopetegui e um jogador vão antever o duelo com os israelitas. A conferência de imprensa terá transmissão em directo no Porto Canal.

Declarações do Varzim 0 FC Porto 2


Julen Lopetegui era um homem satisfeito no final do encontro no terreno do Varzim, que o FC Porto venceu por 2-0, garantindo assim o passaporte para a quarta eliminatória da Taça de Portugal. O treinador considerou que a sua equipa esteve bem, face a um adversário organizado e bem trabalhado, e poderia ter resolvido o encontro muito antes de André Andre estabelecer o resultado final, aos 90 minutos. Mesmo sem querer olhar para mais do que o jogo seguinte, o basco deixou uma garantia: o FC Porto vai lutar com todas as forças para vencer a competição.
Conseguimos o objectivo de classificar-nos, ante uma boa equipa, que sabíamos que nos ia causar dificuldades. Jogámos no campo do adversário, um clube com historial e alma. Era um jogo de Taça. A equipa esteve bem, superou momentos de dificuldade e penso que podíamos ter fechado o jogo mais cedo. Porém, conseguimos uma vitória merecida, afirmou, em declarações no final do encontro. O técnico explicou depois as razões para as entradas de Danilo e André na segunda parte: Estavam em campo muitos jogadores que não têm ritmo e isso sente-se quando passa o minuto 50 ou 60. Tive de fazer algumas substituições para estar equilibrado, continuar a atacar e ter oportunidades para fechar o jogo.
Lopetegui voltou a sublinhar que o único jogo que o preocupa é seguinte e não quis por isso olhar para o próximo ciclo de encontros nem para um eventual reforço da posição de atletas menos utilizados. Em primeiro lugar, estamos contentes pelo resultado. Tínhamos em campo jogadores com menos ritmo e que tinham de assumir, mas são jogadores do FC Porto e estão preparados. Alguns terminaram com dificuldades, pois não têm ritmo, mas tenho de dar os parabéns a todos, analisou, já na sala de imprensa.
Em relação à Taça de Portugal, o treinador limitou-se a evidenciar a natural ambição do clube: A expectativa do FC Porto é sempre a de ganhar todos os jogos e troféus. É um objectivo que temos e que vamos tentar com todas as forças.

No final do encontro com o Varzim, Tello revelou-se contente pelo jogo que fez e contentíssimo pelo golo, analisando ainda a exibição da equipa como séria, o que se reflectiu depois no resultado. O golo que apontou, do 1-0, foi descrito como uma jogada muito rápida de um para um.
Creio que a equipa trabalhou desde o primeiro momento. Sabíamos das dificuldades que nos podia trazer um jogo num campo como este. Creio que a equipa foi séria desde o início e isso reflectiu-se no resultado, afirmou o avançado, no final da partida. Seguiu-se a avaliação à exibição pessoal: Estou muito contente pelo meu jogo e por ter cumprido os 90 minutos, o que me dá ritmo. Estou contentíssimo pelo golo, que dá muita confiança.
Está ultrapassada a terceira eliminatória da Taça de Portugal, a primeira em que o FC Porto participa, mas Tello sabe que o desafio é chegar ao fim e erguer o troféu. Entramos em cada competição com a ideia de a ganhar. Esta taça é difícil, vamos levá-la jogo a jogo para tentar chegar à final.

Tello e André André mostraram o caminho


​O FC Porto bateu este sábado o Varzim (2-0), na Póvoa de Varzim, garantindo assim a passagem à quarta eliminatória da Taça de Portugal. Com golos de Tello (20m) e André André (90m), os azuis e brancos triunfaram no regresso à competição após o interregno para os compromissos de selecções e mantêm-se invictos em partidas oficiais esta época.
Apresentando algumas novidades na equipa inicial, entre as quais a estreia absoluta de Igor Lichnovsky, o FC Porto começou por encontrar uma formação poveira de peito aberto e a procurar jogar olhos nos olhos, mas esse cenário foi perdendo força a partir do primeiro quarto-de-hora. Aliás, pouco depois de “sacudir” essa pressão inicial do Varzim, os Dragões abriram o activo por intermédio de Cristian Tello, que não perdoou na cara de Ricardo após assistência primorosa de Alberto Bueno (20m). Jogada 100 por cento espanhola, portanto.
Em vantagem no marcador, os azuis e brancos assentaram finalmente o seu jogo e partiram em busca do segundo golo, mas este foi fugindo no caminho para o intervalo. Rui Coentrão teve nos pés a melhor oportunidade do Varzim no primeiro tempo (24m), mas Evandro também ficou a centímetros da glória na sequência de um livre marcado por Alberto Bueno (42m). No último lance digno de registo antes do descanso, Dani Osvaldo desperdiçou o 2-0 no frente-a-frente com o guardião poveiro, que segurou a diferença mínima. Vantagem justa do FC Porto, mas longe de ser decisiva.
Na primeira jogada de perigo do segundo tempo, razões de queixa para o FC Porto, pois Manuel Oliveira deixou passar em claro uma mão de Sandro em plena grande área, movimento que justificava a marcação de uma grande penalidade (46m). Sempre por cima, os Dragões poderiam ter construído um resultado mais volumoso, mas Dani Osvaldo, que protagonizou um jogo combativo, não conseguiu encontrar qualquer caminho para as redes contrárias, primeiro servido por Tello (74m) e depois por Imbula (80m).
Já em cima do minuto 90, em jeito de sentença, Imbula lançou André André nas costas da defesa poveira e este, num remate rasteiro e colocado, estabeleceu o 2-0 final, carimbando definitivamente o passaporte do FC Porto para a próxima eliminatória da Taça de Portugal.