25/08/07

Faleceu Alfredo Murça

O antigo internacional português Alfredo Murça, bicampeão de futebol pelo FC Porto em 1977/78 e 78/79 e vencedor de uma Taça de Portugal, faleceu hoje, aos 59 anos, na sequência de uma doença prolongada.
Alfredo Murça, nascido a 17 de Janeiro de 1948, na Costa da Caparica, foi cinco vezes internacional "AA" por Portugal, quatro em representação dos "dragões" e um pelo Belenenses, o outro clube que também representou.
Murça estreou-se na formação das "Quinas" quando actuava no Belenenses, a 10 de Dezembro de 1969 (derrota por 1-0 com a Inglaterra, em Londres).
O corpo do ex-futebolista encontra-se em câmara ardente na Igreja de Ermesinde e o funeral está marcado para domingo, no Cemitério da Costa da Caparica.
O Dragão Madeirense apresenta à família do falecido e a todos os portistas as mais profundas condolências. Em breve, faremos uma homenagem ao grande jogador do nosso Invicto.

"Nomes" Crónica d'O Jogo de Jorge Maia

Percebo a preocupação de Vukcevic quando diz que o FC Porto é Quaresma e mais dez. Ouvido assim de repente, a declaração do médio montenegrino até parece uma tremenda falta de respeito pelos bicampeões nacionais, uma forma redutora de olhar para a equipa de Jesualdo Ferreira e de menosprezar os "mais dez", e logo por parte de um jogador que acabou de chegar a Portugal. Mas os mais familiarizados com a cultura balcânica percebem que não é disso que se trata. O que Vukcevic quer dizer, parece-me, é que é quase batota o FC Porto poder jogar com Quaresma e mais dez. Afinal, o extremo do FC Porto é, reconhecidamente, um fora de série, uma espécie ameaçada no futebol português pela cegueira dos árbitros e a agressividade dos trauliteiros, e, como qualquer fora de série, vale pelo menos por dois. Ora, mesmo em montenegrino, dois mais dez dá doze e jogar futebol com doze é batota. Até no Montenegro. Daí a preocupação de Vukcevic com Quaresma. Ou isso, ou o médio do Sporting ainda não teve tempo de conhecer a equipa do FC Porto e só conseguiu decorar o nome do extremo. Se a conhecesse, provavelmente teria dito que o FC Porto é Quaresma e Lucho mais nove, ou Quaresma, Lucho e Lisandro mais oito, ou Quaresma, Lucho, Lisandro e Raul Meireles mais sete. E por aí fora. De qualquer forma, se não conhece bem o FC Porto, talvez devesse ter esperado para conhecer antes de dizer a primeira coisa que lhe passou, ou lhe fizeram passar, pela cabeça. Fica-lhe bem valorizar Quaresma, mas fica-lhe mal desvalorizar o resto da equipa. Quem sabe? Pode ser que Vukcevic aprenda alguns nomes novos já no domingo. E não estou a falar dos que, porvavelmente, vai ouvir das bancadas.

24/08/07

Três Dragões no estágio da Selecção de Sub-20

Castro, Rui Pedro e Ventura, Campeões Nacionais de sub-19 que actualmente fazem parte do plantel sénior do F.C. Porto, integram a lista de convocados da Selecção de Sub-20, que vai realizar um estágio de preparação, em Rio Maior, entre 27 e 29 de Agosto.

Pedro Emanuel: «Assumimos naturalmente o favoritismo»

Pedro Emanuel foi o protagonista da «super flash» desta quinta-feira, realizada no relvado do Olival, onde assumiu naturalmente o favoritismo do F.C. Porto para o desafio frente ao Sporting, correspondente à 2ª jornada da Liga 2007/08.
Entre outras declarações que transcrevemos nos parágrafos seguintes, o central assegurou ainda que a motivação dos Dragões para este jogo nada tem a ver com vingança, mas sim com o habitual desejo de vencer, típico de uma equipa que é sempre crónica candidata ao título.
Condições para vencer«Jogar em casa, perante o nosso público e com o estádio cheio será certamente um incentivo-extra para nós. Sabemos que não vai ser fácil, pois o Sporting tem uma equipa forte, mas estou seguro de que temos condições para vencer. Acima de tudo, vamos tentar fazer um bom jogo e proporcionar aos adeptos um belo espectáculo.»
Pleno conhecimento«O Sporting manteve a sua espinha dorsal e a mesma forma de jogar e permanece, por isso, um colectivo forte. Temos pleno conhecimento do nosso adversário e daquilo que podemos fazer neste jogo. O Derlei é um excelente profissional, mas agora está do lado oposto, o que até pode constituir uma vantagem para nós, e especialmente para mim, que trabalhei bastante com ele e conheço-o bem.»
Crónicos candidatos«Vingança porquê? Somos sempre os crónicos candidatos ao título e é normal que queiramos vencer este encontro. Além disso, jogamos em casa, pelo que assumimos naturalmente o favoritismo para esta partida.»
Colectivo forte«Temos, sem dúvida, um colectivo forte e vamos manter essa filosofia de trabalho. Apesar das ausências da semana, por causa das Selecções, acredito que vamos estar todos em condições na altura do jogo. É para isso que trabalhamos. Quanto aos reforços, serão integrados normalmente numa estrutura que, não podemos esquecer, é Campeã Nacional» Trabalhar com alegria«Depois de um ano parado, tenho evoluído naturalmente. O apoio do grupo, que é muito unido, também tem sido determinante, pois tem-me ajudado bastante desde a primeira hora. Agora só quero continuar a trabalhar com alegria para poder desempenhar a minha função.»
Fonte: Site Oficial

"Pressões" Crónica d'O Jogo de Jorge Maia

Paulo Bento acha que está a criar-se uma suave pressão sobre o árbitro do clássico do próximo fim-de-semana, o lisboeta - nem podia ser de outra forma - Pedro Proença, quando se recorda o lance da grande penalidade cometida por Tonel na Supertaça e que Bruno Paixão não assinalou. O treinador do Sporting tem razão. Existe uma suave pressão sobre Pedro Proença para que não feche os olhos a grandes penalidades. É, aliás, uma pressão para não errar que todos os árbitros devem sentir antes de qualquer jogo. Se calhar devia ter existido uma pressão semelhante sobre Bruno Paixão, mas, pelos vistos, o árbitro de Setúbal é imune a essas coisas. De resto, quem o pressionou, e não de forma suave, foi o presidente do Sporting, imediatamente depois da derrota frente ao Benfica no Torneio do Guadiana, uma semana antes do jogo da Supertaça, quando criticou abertamente a arbitragem de Pedro Henriques. Por sinal, e de acordo com a generalidade da crítica, o também lisboeta - nem podia ser de outra forma - Pedro Henriques não cometeu qualquer erro técnico com influência no desfecho do Torneio do Guadiana. Não fechou os olhos a grandes penalidades, nem interrompeu o jogo quando um avançado do Sporting se encaminhava para a baliza, para assistir um jogador que estava no chão há um minuto perante a indiferença dos próprios companheiros de equipa. E, no entanto, mereceu a crítica aberta dos dirigentes do Sporting que, avisadamente, se calaram sobre as questões de arbitragem no final do jogo da Supertaça, até porque, como é óbvio, não tinham razões de queixa. Até agora. Paulo Bento queixa-se de uma pressão suave sobre Pedro Proença, até porque a ele não lhe pareceu que houvesse qualquer grande penalidade de Tonel. Também isso é normal. Os escassos metros que vão de um banco de suplentes até ao outro são mais do que suficientes para que dois treinadores adversários tenham uma visão completamente diferente do mesmo lance. Aliás, o aspecto da maior parte das coisas depende muito do ângulo pelo qual as vemos. Por exemplo, daqui dá toda a impressão que quem está a pressionar suavemente Pedro Proença é o treinador do Sporting.

23/08/07

Internacionais já treinam esta quinta-feira

O F.C. Porto cumpriu, esta quarta-feira à tarde, no Olival, o segundo treino do dia, do qual permaneceram ausentes os avançados Adriano e Farías, ainda a recuperarem de lesões no Departamento Médico, e os oito internacionais ao serviço das respectivas Selecções, que amanhã já se juntam ao restante plantel.
Jesualdo Ferreira agendou o único ensaio de quinta-feira, que já vai contar com as presenças de Bruno Alves, Bosingwa, Quaresma, Hélder Postiga, Lucho, Stepanov e Cech, para as 17h00, realizando-se 15 minutos antes a terceira «super flash» da época, ao longo da qual um jogador da equipa fará a antevisão da 2ª jornada da Liga 2007/08.
Fonte: Site Oficial

"Selecções" Crónica d'O Jogo de Jorge Maia

Talvez tenha sido a qualidade nebulosa da transmissão, ou a textura irregular do relvado, ou as dificuldades sentidas pela Selecção Nacional frente a uma equipa que ocupa a 81ª posição no ranking da FIFA, 71 lugares atrás de Portugal, mas ontem dei por mim a ver o Arménia-Portugal e a pensar que estava sintonizado na RTP Memória, a ver um daqueles jogos do final da década de 70, início da década de 80, quando conseguíamos perder contra qualquer equipa. Ou empatar, quando corria melhor. Ora, ontem Portugal empatou, mas o jogo esteve longe de correr bem e o resultado deixa a Selecção numa situação complicada. Mais ainda porque parece cada vez mais evidente que Luiz Felipe Scolari é incapaz de encontrar alternativas válidas quando não dispõe de soluções óbvias. No Euro'2004 foi fácil. Quando esgotou a margem de erro, logo no primeiro jogo que disputou a sério, com uma derrota frente à Grécia, bastou-lhe fazer o que meio mundo lhe exigia há mais de um ano e que parecia evidente para toda a gente menos para ele: aproveitar o trabalho realizado por José Mourinho no FC Porto campeão europeu, bicampeão nacional e vencedor da Taça UEFA. A entrada na equipa de Ricardo Carvalho, Nuno Valente, Costinha, Maniche e Deco forneceu uma verdadeira coluna dorsal à Selecção Nacional, capaz de suportar os excessos de Figo, de municiar os desperdícios de Pauleta e até de aceitar algumas experiências nas restantes posições. Enquanto se pôde apoiar nesse núcleo, a Selecção prosperou e Scolari com ela. Os problemas começaram quando a coluna vergou. Nuno Valente, Maniche e Costinha perderam ritmo e espaço na Selecção e nenhum dos três grandes clubes portugueses conseguiu até agora fornecer uma alternativa àquele meio-campo instantâneo do FC Porto campeão europeu construído por José Mourinho. Sem uma base de trabalho pronta a usar, Scolari ficou entregue a si próprio. E os resultados estão à vista.
Extremos
Quaresma é brilhante, mas o Lisandro tem a mesma importância na equipa, sobretudo pela forma como desgasta as defesas adversárias.
Nélson, guarda-redes do Estrela da Amadora

22/08/07

Liga Portuguesa: 1ª jornada

Adriano e Farías em tratamentos

Adriano e Farías, opções descartadas para o clássico, prosseguiram ontem os respectivos tratamentos. O brasileiro recupera de uma rotura no adutor da coxa direita, uma lesão que o afastará dos relvados nas próximas semanas, e Farías ainda não ultrapassou a microrrotura que o impediu de mostrar-se no Torneio de Roterdão. A boa notícia não está no boletim clínico: Fucile, afastado da deslocação a Braga por causa de um problema no pé esquerdo, já trabalha normalmente. O uruguaio, que não jogou por precaução, deverá desalojar Cech do lado esquerdo da defesa, recuperando a titularidade. Fucile já disse que quer a desforra.
Fonte: O Jogo

"Clássico" Crónica d'O Jogo de Jorge Maia

Com tanto barulho em torno do novo treinador do Benfica, e do antigo treinador do Benfica, e de quem afinal manda no Benfica, e de quem tem culpa pela crise no Benfica - se esgravatarem bem, ainda descobrem um dedo de Pinto da Costa na coisa - a gente até se esquece que há um clássico este fim-de-semana entre o FC Porto e o Sporting. Um clássico entre as duas melhores equipas da última temporada, temperadinho de sal e pimenta pelo jogo da Supertaça jogado há 15 dias entre os mesmos adversários. Mas, acima de tudo, um clássico à segunda jornada do campeonato que pode permitir a uma das tais duas melhores equipas da última temporada isolar-se, desde já, na frente da classificação. Quem ganhar no Dragão, ganha três pontos de vantagem em relação ao adversário directo e mantém pelo menos dois de diferença em relação ao Benfica, que até podem ser mais se o Guimarães, recém-promovido ao campeonato principal, se mostrar pelo menos tão duro de roer como foi o Leixões, na primeira jornada. Bem sei que é cedo e muita água vai rolar debaixo das pontes até ao final de um campeonato que promete ser animado por inúmeras polémicas, mas nunca é demasiado cedo para encarar os jogos como decisivos nem para liderar. O FC Porto, por exemplo, passou toda a última temporada confortavelmente instalado no primeiro lugar e consta que a vista é bem melhor dali. O que nos traz à inevitabilidade das previsões. Quem vai ganhar o clássico? O FC Porto. Ou o Sporting. Se não empatarem, claro.A verdade é que, tal como ficou demonstrado na Supertaça, muito pouco separa as duas equipas, pelo menos nesta fase da temporada. Um momento de inspiração, como aquele remate fabuloso de Izmailov, ou um erro de arbitragem, como a grande penalidade de Tonel que Bruno Paixão não viu, podem fazer toda a diferença. Os adeptos do FC Porto esperam que não.
Escolhas: Proença
Mais uma vez, seguindo uma longa tradição que, de resto, trasita da anterior Comissão de Arbitragem, a escolha do nome do árbitro de um clássico envolvendo o FC Porto recaiu sobre um lisboeta. Pedro Proença foi o o eleito, servindo a sua classificação na última temporada como argumento para a nomeação. Fora das considerações da CA, pelos vistos, terão ficado os erros cometidos pelo árbitro no Guimarães-Setúbal da última jornada. Curiosamente, também, parece não haver árbitros fora da área de influência da capital capazes de apitar clássicos envolvendo o FC Porto de forma satisfatória. Porque será?

"Coincidências" Crónica d'O Jogo de Jorge Maia

Há qualquer coisa de divino nas coincidências, uma ideia de destino, de um grande plano cósmico que só nos é dado ver de relance, de tempos a tempos, pelo canto do olho. A lesão que Adriano sofreu em Braga e que coloca em causa a sua utilização durante as próximas semanas, resgatando Postiga à lista de jogadores dispensáveis e colocando-o na primeira linha das opções de Jesualdo para o ataque, torna este início de temporada quase um decalque da última. Há um ano, depois de meia época de empréstimo aos franceses do Saint-Étiènne, Postiga foi considerado dispensável por Co Adriaanse e nem sequer participou na pré-temporada. Seria resgatado por Rui Barros para a equipa ainda antes da entrada de Jesualdo Ferreira, mas foi uma lesão de Adriano, no início da temporada, a catapultá-lo para a titularidade. Tal como acontece agora, o brasileiro tinha feito uma excelente segunda metade de época e era a opção natural para o ataque até ser forçado a parar por um traumatismo numa coxa. Uma paragem que Postiga aproveitou para se afirmar como titular indiscutível, melhor marcador da equipa e melhor artilheiro do campeonato... pelo menos até Dezembro. Em Janeiro, contudo, voltou a desmotivação, o desacerto, os assobios, o banco de suplentes e, por fim, a etiqueta de dispensável. Como se o internacional português só fosse capaz de contrariar expectativas, de agir por reacção, espicaçado pelas opiniões mais ou menos favoráveis: se ninguém esperar nada dele, dá muito em troca; se esperarem muito, não dá nada. Pois bem, Adriano está lesionado, Farías também, Edgar está longe de ser uma opção válida a curto prazo e menos ainda num ciclo de jogos tão complicados como os que marcam o início da temporada dos bicampeões nacionais. Sobra Postiga. Ora, depois de ter sido dado como dispensável, ninguém espera muito de Postiga. E é nessas alturas que ele costuma dar-se melhor. Como já se conseguiu ver, de relance, pelo canto do olho, em Braga. Coincidência?
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
Depois falamos sobre isso.
Gilberto Madaíl, presidente da FPF, sobre o caso Lisandro

20/08/07

"Tentação" Crónica d'O Jogo de Alcides Freire

Quaresma vai continuar no FC Porto mais uma temporada. O que não é uma boa notícia para todos. Mas, os dois golos que o cigano marcou em Braga são, indubitavelmente, uma óptima notícia para todos. Se exceptuarmos Jorge Costa, há razões para acreditar que existem neste momento mais 14 treinadores que pensam desta forma, ideia em que serão acompanhados pelo respectivos patrões. É que dois golos terão sido suficientes para transformar a genialidade de Quaresma num tipo de doença contagiosa, porque terá tornado o FC Porto dependente das trivelas, cruzamentos de letra, fintas e, agora, livres directos. Talvez um dia, se Quaresma concretizar o que lhe falta, se torne dependente dos cabeceamentos. É dependência a mais e a tentação na medida certa para tentar imaginar um FC Porto sem a magia de "Harry Potter", paralisado de movimentos por sentir a falta do "Mustang". Pode então imaginar-se o que seria desta equipa se Tixier ainda jogasse no campeonato português, tornando-se igualmente tentador idealizar outras três jornadas, se possível mais, com Quaresma na bancada. Ou, na melhor das expectativas, aguardar que, adquirida a tranquilidade, Quaresma se torne no alvo de uma entrada mais viril, necessariamente mais viril do que as diversas que sofreu em Braga sem que nenhum dos adversários fosse admoestado. O que me faz recordar que, ou sonhei ou ouvi mal o que disse Vítor Pereira, presidente da Comissão de Arbitragem, sobre a protecção aos melhores jogadores. Quaresma precisa de marcar mais golos.
Intransferível
Talvez agora o presidente do Atlético de Madrid compreenda por que não vendi o Quaresma. Ele disse que não compreendia, mas, agora, já deve compreender-
Pinto da Costa, após o Braga-FC Porto