22/08/07

"Clássico" Crónica d'O Jogo de Jorge Maia

Com tanto barulho em torno do novo treinador do Benfica, e do antigo treinador do Benfica, e de quem afinal manda no Benfica, e de quem tem culpa pela crise no Benfica - se esgravatarem bem, ainda descobrem um dedo de Pinto da Costa na coisa - a gente até se esquece que há um clássico este fim-de-semana entre o FC Porto e o Sporting. Um clássico entre as duas melhores equipas da última temporada, temperadinho de sal e pimenta pelo jogo da Supertaça jogado há 15 dias entre os mesmos adversários. Mas, acima de tudo, um clássico à segunda jornada do campeonato que pode permitir a uma das tais duas melhores equipas da última temporada isolar-se, desde já, na frente da classificação. Quem ganhar no Dragão, ganha três pontos de vantagem em relação ao adversário directo e mantém pelo menos dois de diferença em relação ao Benfica, que até podem ser mais se o Guimarães, recém-promovido ao campeonato principal, se mostrar pelo menos tão duro de roer como foi o Leixões, na primeira jornada. Bem sei que é cedo e muita água vai rolar debaixo das pontes até ao final de um campeonato que promete ser animado por inúmeras polémicas, mas nunca é demasiado cedo para encarar os jogos como decisivos nem para liderar. O FC Porto, por exemplo, passou toda a última temporada confortavelmente instalado no primeiro lugar e consta que a vista é bem melhor dali. O que nos traz à inevitabilidade das previsões. Quem vai ganhar o clássico? O FC Porto. Ou o Sporting. Se não empatarem, claro.A verdade é que, tal como ficou demonstrado na Supertaça, muito pouco separa as duas equipas, pelo menos nesta fase da temporada. Um momento de inspiração, como aquele remate fabuloso de Izmailov, ou um erro de arbitragem, como a grande penalidade de Tonel que Bruno Paixão não viu, podem fazer toda a diferença. Os adeptos do FC Porto esperam que não.
Escolhas: Proença
Mais uma vez, seguindo uma longa tradição que, de resto, trasita da anterior Comissão de Arbitragem, a escolha do nome do árbitro de um clássico envolvendo o FC Porto recaiu sobre um lisboeta. Pedro Proença foi o o eleito, servindo a sua classificação na última temporada como argumento para a nomeação. Fora das considerações da CA, pelos vistos, terão ficado os erros cometidos pelo árbitro no Guimarães-Setúbal da última jornada. Curiosamente, também, parece não haver árbitros fora da área de influência da capital capazes de apitar clássicos envolvendo o FC Porto de forma satisfatória. Porque será?

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