09/08/07

"Reforço" Crónica d'O Jogo de Jorge Maia

Pagar dez milhões de euros e uns trocos por um jogador, mesmo que seja em duas suaves prestações, é um luxo a que poucas equipas portuguesas se podem dar. O FC Porto pode e deu-se. Deu-se Lucho, ou a metade de Lucho que lhe faltava. Pagou 6,650 milhões de euros pelos 50 por cento do passe que não estavam na sua posse, fazendo do médio argentino o reforço mais caro do plantel e, simultaneamente, o jogador mais caro da história do clube, com um custo acumulado de mais de dez milhões de euros. Um luxo tornado possível pelo fabuloso encaixe financeiro realizado com as vendas de Anderson, Pepe, Ricardo Costa e Hugo Almeida. Porque manter Lucho González no plantel, quando chovem propostas de clubes espanhóis e ingleses para o contratar, é mesmo um luxo, mas também uma necessidade. A verdade é que Jesualdo Ferreira ainda não conseguiu encontrar, entre os reforços contratados esta temporada, alguém capaz de substituir o argentino no meio-campo dos bi-campeões nacionais. Leandro Lima tem outras características e não pode ser chamado a cumprir as mesmas funções; Luis Aguiar foi testado na posição, mas, apesar de um arranque promissor, foi perdendo balanço e acabou por nem sequer ser chamado a participar no Torneio de Roterdão e, finalmente, Kazmierczak falhou no teste decisivo, realizado precisamente na Holanda, frente ao Feyenoord. Assim, depois de uma temporada em que foi o segundo jogador mais utilizado por Jesualdo Ferreira apenas atrás de Helton, Lucho continua a ser insubstituível e inestimável. E é por isso que, apesar de ser um luxo, pagar seis milhões de euros para o manter na equipa é um bom negócio. Até porque agora, para o vender, o FC Porto pode dar-se ao luxo de ser exigente.
Nem sempre
Pepe é um bom jogador e faz sempre falta.
Bruno Alves, central do FC Porto

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