08/08/07

"Prevenção" Crónica d'O Jogo de Jorge Maia

Isto começa cedo e começa mal. Os jogos ainda nem sequer contam para competições oficiais e já há quem sacuda de cima dos ombros para cima dos árbitros a responsabilidade pelos maus resultados. É um mau começo, por mais do que um motivo, e demonstra até que ponto os velhos hábitos são os mais difíceis de largar, até por quem costuma reclamar para si próprio o mérito de uma nova postura de credibilidade e responsabilidade entre os dirigentes desportivos. De que forma, por exemplo, é que as críticas de Soares Franco a Pedro Henriques no final do último jogo do Torneio do Guadiana contribuem para a credibilidade do futebol de uma forma responsável? Nenhuma. Pedro Henriques cometeu erros? É provável. Afinal, também ele está na pré-temporada, aquela fase da temporada em que os erros, ao contrário dos maus hábitos, ainda podem ser corrigidos. Aquilo que as críticas de Soares Franco já terão conseguido foi condicionar as escolhas do Conselho de Arbitragem da Federação para o jogo da Supertaça, com Pedro Henriques, um dos melhores da última temporada, a ser certamente riscado da lista de opções. Com um pouco de sorte, terão até conseguido condicionar o trabalho do árbitro – Pedro Henriques não será - que vai apitar o jogo entre o FC Porto e o Sporting. Mas aquilo que conseguiram, sem sombra de dúvidas, foi deitar por terra todo o esforço de credibilização da arbitragem realizado pela Liga ao longo dos últimos meses. Pelo caminho, o presidente do Sporting passou o anual atestado de irresponsabilidade aos seus jogadores. Se perderem, não foi porque correram menos, quiseram menos, jogaram menos que o adversário. Nada disso, a culpa foi do árbitro.
TAP: Vergonha
A forma como a TAP tratou os passageiros que tinham como destino o Aeroporto Sá Carneiro provenientes de Amesterdão durante o dia de ontem foi uma vergonha. O facto do FC Porto ter sido vítima desse tratamento, apenas torna essa vergonha num caso público e notória, quando muitas vezes deve passar despercebido. Atrasos sem explicações, desvios sem contemplações e transferências sem critério absolutamente nenhum não podem ser aceitáveis numa companhia aérea pública de um país civilizado. E depois, aquele Terminal 2 só pode servir para torturar os passageiros dos vôos internos. Uma forma retorcida de dizer que a Ota é mesmo muito necessária.

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