25/08/11

Rui Barros apela ao espírito de entreajuda dos dragões

Rui Barros, autor de um dos golos que deu a Supertaça Europeia ao FC Porto em 1987/88, apelou ao espírito de entreajuda dos “dragões” para superarem o Barcelona.
“O Barcelona quando joga... parece que tem mais jogadores dentro de campo. É uma super-equipa, com grandes jogadores, campeões do mundo, mas é uma final, em que tudo pode acontecer”, disse à Agência Lusa.
Rui Barros defendeu que “os jogadores quando disputam uma final têm que dar o máximo durante 90 minutos, ter um pouquinho de sorte e revelar capacidade” e “o FC Porto tem essa capacidade”.
“O FC Porto tem que recorrer ao espírito de entreajuda, com os seus elementos a apoiarem-se o máximo possível, porque é uma equipa que tem jogadores na frente que podem também resolver”, referiu.
O ex-jogador espera que os futebolistas portistas conquistem mais um troféu e relembra as “excelentes recordações” deixadas pela Supertaça Europeia conquistada em 1987/88, contra os holandeses do Ajax.
O FC Porto venceu a Supertaça, na altura disputada a duas “mãos”, com vitórias por 1-0: Rui Barros marcou no primeiro jogo, em Amesterdão, e António Sousa no segundo, no Estádio das Antas.
“São recordações excelentes. Era o meu primeiro ano de sénior no FC Porto, numa equipa que tinha ganho a Taça dos Campeões Europeus. Conseguir fazer um golo foi muito bom”, recordou à Lusa.
Para Rui Barros, jogar a Supertaça e marcar um golo foi “um marco histórico” na carreira, que no ano seguinte ganhou novo impulso com a saída para o estrangeiro, para representar a formação italiana da Juventus. “O Ajax jogava com a equipa muito subida, com muita posse de bola e a fazer muita pressão sobre o adversário, mas deixava muito espaço nas costas da defesa”, lembrou.
Para contrariar o esquema da formação holandesa, Rui Barros recorda que Tomislav Ivic lhe disse para, tirando partido da sua velocidade, tentar aproveitar esses espaços, fazendo tabelas rápidas. “E foi o que aconteceu. Houve uma tabela a meio-campo, a equipa do Ajax estava subida e fiz quase meio-campo a correr com a bola. O guarda-redes Menzo saiu e já fora da área consegui passar por ele e depois por outro jogador e fiz golo”, recorda.
Para Rui Barros, apelidado na altura de “pequeno grande jogador” ou “rato atómico”, devido à sua baixa estatura, este lance continua bem vivo na memória. “Há coisas que nunca mais se esquecem”.
O FC Porto repetiu por mais duas vezes a presença na Supertaça, mas não conseguiu reeditar o êxito alcançado com o Ajax. Perdeu o troféu para os italianos do AC Milan (2003) e os espanhóis do Valência (2004).

Fonte: Publico

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