10/08/17

Sérgio Conceição: “Foi um jogo muito positivo”

Foi pelos adeptos que Sérgio Conceição começou a análise ao jogo em que o FC Porto goleou o Estoril (4-0) na estreia na Liga NOS: É muito importante sentir esse apoio, esta paixão que eles sentem pelo clube e isso transmite-se para dentro do grupo de trabalho, sublinhou. Sobre o que se passou dentro das quatro linhas, o treinador destacou a justiça da vitória numa exibição à qual não deixou de apontar algumas falhas, mas que teve a atitude, a paixão, a entrega e a dedicação que quer ver sempre presentes, quer nos jogos, quer nos treinos.

O mar azul
Tivemos um apoio fantástico dos adeptos, estamos a criar um verdadeiro mar azul e eles são verdadeiramente o nosso 12.º jogador. É muito importante sentirmos esse apoio, esta paixão que eles sentem pelo clube e isso transmite-se para dentro do grupo de trabalho, que também sente isso. Há uma coisa que posso prometer, podemos até empatar ou mesmo perder um jogo – espero que não – mas a atitude, a paixão, a entrega e a dedicação estarão sempre em campo.

A justiça do resultado
Foi uma vitória justa. Na primeira parte, em alguns momentos do jogo podíamos e devíamos ter circulado a bola de forma mais rápida, até para encontrar espaço perante o bloco médio/baixo do Estoril. Muitas vezes tivemos algumas dificuldades em encontrar um futebol mais de apoio e diversificar esse tipo de movimentos. Mas depois, com decorrer do jogo, com a nossa intensidade, a procura constante de condicionar o adversário, a forma como estamos vivos, presentes no jogo, surgiram naturalmente os outros golos.

A ansiedade no primeiro jogo
A pressão é sempre positiva. Naturalmente que os jogadores poderão sentir o início do campeonato, a necessidade de dar uma resposta igual à que foi dada na pré-época. Isso é natural e é algo que sabia que, com o jogo, se ia perdendo. É uma situação normal, não é só no FC Porto e no Estoril, em todas as equipas há essa ansiedade. É bom sinal, é sinal de que os jogadores ficam vivos, desconfiados do próprio adversário.

A força do grupo  
Hoje ficaram jogadores de fora como o André André, o João Teixeira, o Sérgio Oliveira, o Indi, o Rafa, o Layún, que está doente. Todos eles, os que jogam e os que não jogam, fazem um FC Porto competitivo, com uma luta sã dentro do grupo de trabalho e penso que isso é o mais importante. Há alguma tristeza de alguns por não participarem, mas com as competições internas e com a Liga dos Campeões toda a gente vai ter oportunidade de jogar. O espírito solidário do grupo de trabalho também é uma das nossas forças.

A lesão de Soares
Será reavaliado amanhã. O departamento médico saberá mais em pormenor a gravidade da lesão. O que me foi passado pelo departamento médico, com quem estamos em total sintonia, é que ele estava a 100 por cento para o jogo, se não obviamente que eu não o teria utilizado. Foi o menos bom de um jogo muito positivo da nossa parte.

A estreia oficial no Dragão
Senti-me muito bem. Como disse na antevisão do jogo, é óbvio que estava emocionado por saber que ia ter a minha estreia como treinador principal num jogo oficial, mas hoje acordei completamente focado no jogo, no que tínhamos que fazer para ganhar.

O FC Porto de Sérgio Conceição
Tem a ver com uma ideia de jogo diferente, quero um FC Porto sempre com grande intensidade, com boa agressividade, a constante procura da bola, do golo, sempre de forma organizada e equilibrada também, que é importante, condicionando muito o jogo do adversário. Temos jogadores com essas características e tentamos ao máximo potenciar essa ideia de jogo. Não vai ser sempre assim, não vamos marcar sempre quatro golos, mas acho que desta forma estaremos mais perto de ganhar os três pontos.

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