12/06/13

A carreira de Paulo Fonseca


Paulo Fonseca subiu mais um degrau na carreira de treinador de futebol ao assumir o comando do tricampeão FC Porto, após ter levado o Paços de Ferreira à "Champions" e cinco anos depois de treinar na III Divisão.
Aos 40 anos, o técnico natural de Nampula, Moçambique, chega ao patamar mais alto no seu percurso, com o "peso" de suceder ao bicampeão Vítor Pereira, imediatamente depois de conseguir um inédito terceiro lugar ao serviço do Paços de Ferreira.
O feito na formação pacense, com o correspondente acesso à Liga dos Campeões, ganhou mais relevo por ter ocorrido na época de estreia de Paulo Fonseca na I Liga.
O antigo defesa central começou a treinar nos escalões de formação do Estrela da Amadora, em 2005/06, uma época depois de ter posto um ponto final na carreira de jogador, na qual vestiu as camisolas de Barreirense, Leça, Belenenses, Marítimo, Vitória de Guimarães e do emblema da Amadora.
Duas épocas depois, Paulo Fonseca "muda-se" da Amadora para Sintra, onde orienta o 1.º de Dezembro e assegura a manutenção na III Divisão. No entanto, o técnico acaba por "subir" à II Divisão, para treinar o Odivelas, conseguindo o quinto lugar na Série D.
Paulo Fonseca permanece neste escalão, mas cruza o rio Tejo e torna-se timoneiro do Pinhalnovense em 2009/10, levando o clube aos quartos de final da Taça de Portugal, "caindo" diante a Naval 1.º de Maio, e ao sétimo lugar da Zona Sul.
Na época seguinte, o treinador mantém-se no emblema do Pinhal Novo e volta a "brilhar" na Taça de Portugal, sucumbindo apenas frente ao FC Porto (2-0), novamente nos quartos de final, antes de concluir o campeonato em quarto.
Cumprida a sua mais longa experiência até agora nos escalões seniores, Paulo Fonseca transita para os escalões profissionais, ao serviço do Desportivo das Aves. Chega novamente aos quartos" da Taça de Portugal, perdendo com a Académica, que viria a conquistar o troféu, e fica à beira da subida à I Liga, com o terceiro lugar, a dois do promovido Moreirense.
No início de 2012/13, sucede no Paços de Ferreira ao veterano Henrique Calisto, que tinha conseguido a manutenção, e empreende a melhor época de sempre na formação da "Capital do Móvel".
Além de destronar o Sporting de Braga do terceiro lugar, chega às meias-finais da Taça de Portugal, em que foi eliminado pelo Benfica, por 3-1 no conjunto das duas mãos, falhando apenas a segunda fase da Taça da Liga.
A época foi de tal forma "brilhante" que o Paços de Ferreira só perdeu com os "grandes", somando seis derrotas em 41 encontros, três dos quais frente ao Benfica (1-2 e 3-0 para a I Liga e 0-2 na meia-final da Taça de Portugal), duas diante do FC Porto (2-0 em ambos os encontros para o campeonato) e uma com o Sporting (1-0 na Taça da Liga).
Depois de ter sido contratado pelo FC Porto em 1995/96, o defesa, que cresceu no Barreiro, acabou por nunca vestir a camisola "azul e branca", uma vez que foi cedido por empréstimo ao Leça e, depois, serviu de "moeda de troca" na contratação de Capucho ao Vitória de Guimarães. Chega agora aos "dragões", mas como treinador para as próximas duas temporadas.

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