13/05/09

"Tamanho não é documento " - Crónica d'O Jogo de Jorge Maia

Há cerca de um ano e meio, aproveitando o frenesim comercial do Natal, alguém se lembrou de fazer um livro apontado direitinho à ingenuidade e à carteira dos benfiquistas chamado "Somos os maiores, mainada". A obra pretendia ser o argumento para acabar com todas as discussões sobre o facto de o Benfica ser o maior clube de Portugal, quiçá do Mundo. Lembrei-me dele ontem, depois de ver que alguns benfiquistas mais fanáticos e, por isso mesmo, mais angustiados com a festa do tetra portista, ainda se agarram ao argumento do tamanho como um náufrago se agarra a uma bóia em alto-mar. Dizem eles que o FC Porto pode festejar o que quiser em Maio que nunca há-de ser tão grande como o Benfica é no resto do ano. Uma reclamação choramingas, como quem insiste: "Somos os maiores, mainada." Não percebem que o problema é mesmo esse, serem os maiores e mais nada. Pelo menos mais nada que se veja, o que talvez justifique os tais objectivos invisíveis que Quique Flores garante ter atingido. Claro que o argumento do tamanho ainda é muito importante, especialmente para gente pequenina e complexada. Por outro lado, como dizia uma rapariga licenciosa que conheci em tempos, mais vale pequenino e trabalhador do que grande e preguiçoso.

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