30/05/07

"Luxo" Crónica d'O Jogo de Alcides Freire

O prestígio é muito bonito, mas nunca ninguém o viu fazer um cruzamento de trivela, salvar um golo em cima da linha ou fazer uma defesa sensacional. É bonito e chega. Para o FC Porto, que não se importará com o prestígio que isso representa, há também um rico problema gerado pela presença de tantos jogadores em quase tantas selecções. Por estes dias, ainda que sem a pressão de uma jornada do campeonato dias depois de uma data FIFA, há 10 portistas em cinco selecções e um 11º jogador alinhado para se estrear na principal selecção do Brasil, que por acaso e inveja de todos nós, é igualmente a melhor do Mundo. Dá prestígio e até pode resultar em milhões, não fosse verdade que um jogador internacional pode representar mais alguns zeros à direita do número mais difícil de negociar. Mas pode também representar uma dor de cabeça. No campo das hipóteses, quatro destes internacionais - Lucho, Fucile, Helton e até Anderson -, voltarão para o FC Porto 2007/08, mas regressando demasiado tarde para participarem no estágio de pré-temporada, ainda a tempo de encontrarem nesse ausência a razão para uma futura quebra de forma que será tão natural como compreensível. Lucho é, neste caso, o melhor elemento no campo das explicações. Desde que chegou ao FC Porto em 2005 ainda não teve tempo para gozar férias "normais". Veio directo do campeonato argentino, conquistou a dobradinha em Portugal, foi para o Mundial, regressou para ser bicampeão, está ao serviço da selecção argentina para dois particulares e está com os dois pés na Copa América. É tanta coisa que até cansa descreve-las. Mas o mais certo é que volte a correr menos do que o esperado, hipotecando, quem sabe, a sua valorização no mercado europeu.

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