06/08/25

Dragões Diário 06-08-2025

Morreu o Capitão que levou o FC Porto ao topo do mundo. O Clube está de luto pelo desaparecimento de Jorge Costa, falecido ontem vítima de paragem cardiorrespiratória. Durante os 53 anos de uma vida pintada de azul e branco, o lendário Capitão honrou essas cores dentro e fora de campo, marcou gerações e tornou-se um ídolo dos adeptos.

Foi graças a Homens como Jorge Costa que o FC Porto ganhou tudo o que havia para ganhar. Ao serviço do emblema que sempre amou, o “Bicho” participou em 383 jogos, marcou 25 golos e conquistou 21 troféus: uma Taça Intercontinental, uma Liga dos Campeões, uma Taça UEFA, oito títulos nacionais, cinco Taças de Portugal e outras tantas Supertaças. Um legado que perdurará enquanto houver um portista vivo.

André Villas-Boas lamentou a perda de “uma lenda que vivia o Clube e o Portismo como poucos”, uma pessoa “única na forma de se relacionar com as nossas cores” e que “personificava tudo o que é e será sempre o FC Porto”. Determinado a “devolver a Jorge Costa tudo o que ele nos deu ao longo da sua vida”, o presidente prometeu encarar “a época que agora começa com a mesma vontade de ganhar que sempre o caracterizou”:  “Lutaremos por ti como lutaste por nós e pelo FC Porto. Nunca serás esquecido, Capitão”.

Diogo Costa despediu-se de “uma das maiores referências da história do FC Porto” com a “certeza de que o nome do Capitão ficará eternamente gravado na história” por ter sido “um exemplo de liderança, garra, compromisso e sacrifício”. “Como Portista, jogador e agora capitão, agradeço tudo o que nos deixou. Será sempre um exemplo e inspiração. Um de nós”, assegurou o atual dono da braçadeira.

A mais triste das notícias motivou reações por parte dos principais representantes da nação e das mais diversas instituições desportivas. O Presidente da República recordou “a força e a energia” que valeram “a carinhosa alcunha ao eterno “Bicho” do Futebol Clube do Porto”, um atleta que “marcou o futebol e a seleção nacional, desde os escalões de formação”. Na hora de endereçar “as sentidas condolências à família e aos amigos, à Seleção de Portugal e ao FC Porto”, o primeiro-ministro lamentou “a partida inesperada e precoce de Jorge Costa, um exemplo de dedicação e entrega”.

A Federação Portuguesa de Futebol, que entretanto decretou um minuto de silêncio em todos os jogos do fim de semana, lembrou “um dos jogadores mais marcantes de uma geração fundamental para a afirmação do futebol português”, a Liga Portugal enalteceu “a sua paixão, liderança e dedicação ao jogo", Gianni Infantino, presidente da FIFA, assegurou que "o futebol perdeu um verdadeiro capitão" e Aleksander Čeferin, presidente da UEFA, elogiou “um líder e um verdadeiro guerreiro que inspirou gerações e que personificava coragem, resiliência e lealdade”.

Aqueles que tiveram “o privilégio de partilhar momentos, conquistas e lutas” com o capitão de Sevilha, Gelsenkirchen e Yokohama descrevem-no como “um líder dentro de campo, a alma do balneário, o exemplo de coragem, entrega e amor à camisola” e recordam-no como “um verdadeiro lutador” cuja “marca ficará para sempre gravada no coração do futebol português”.

As cerimónias fúnebres arrancam esta tarde: as portas do Estádio do Dragão abrem às 15h00 para todos aqueles que pretendam prestar uma última homenagem a Jorge Costa e a entrada faz-se pelo Parque 1 até às 22h. O funeral está agendado para as 10h30 de amanhã, na Igreja de Cristo Rei, e a missa de sétimo dia tem início às 19h de terça-feira no mesmo local.

Entretanto o jogo frente ao Vitória SC, referente à primeira jornada do campeonato, foi adiado para as 20h45 de segunda-feira.

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