06/09/13

Fucile em entrevista


FC Porto soma nove pontos em seis jogos. Não podia ter começado melhor a época. Estamos de parabéns, é espontâneo Fucile.
O importante é que estamos a liderar a classificação da Liga, que é o nosso objetivo. Agora há que manter a distância para os rivais e, se possível, tentar aumentá-la. 
Os rivais são os habituais, em condições normais, e a diferença pontual, de dois pontos para a equipa leonina e cinco para os encarnados, não querem dizer nada para o uruguaio: O Sporting e o Benfica estão fortes, o campeonato também só agora começou.

Fucile já faz parte da casa azul e branca desde a época de 2006/07. A 30 de Junho de 2014 expira o seu contrato com o FC Porto, que apenas detém 20 por cento dos seus direitos económicos. A caminho dos 29 anos, o uruguaio ainda não teve qualquer sinal para renovar.
Não vou falar desse tema. Tenho contrato e até ao último dia não gostaria de tocar nesse assunto. A minha obrigação é cumprir com os meus deveres e dar-me a 100 por cento, pelos adeptos e pelas pessoas, é o seu compromisso. Não deixa de revelar algum desconforto, talvez até mágoa. Se é possível renovar?, não ignora a insistência.
Não sei. Há outras pessoas a quem compete fazer isso. Eu trabalho até que termine o meu contrato. E se quiserem falar comigo já sabem onde me encontro, não perde a oportunidade...

Passei um período feio, muito feio - lembra Jorge Fucile um episódio que quer esquecer e que teima em não lhe sair da cabeça por ter perdido um ano e meio da sua carreira no consulado de Vítor Pereira.
Nas duas temporadas que o actual treinador dos sauditas do Al Ahli esteve no FC Porto, o uruguaio só cumpriu metade da primeira, pois as fortes divergências entre ambos obrigaram-no a sair na janela de mercado de inverno (2012), tendo rumado ao Santos, do Brasil. Meia dúzia de meses negros e um exílio pacífico de um ano do outro lado do Atlântico antes do regresso, em janeiro para a equipa B, ao emblema azul e branco, onde cumpre a sua oitava época.
Mas eu sou uma pessoa que luta sempre, reage logo Fucile, agora novamente no quadro principal e na seleção uruguaia, de quem está ao serviço desde a passada segunda-feira.
Quando me pisam é quando me levanto mais depressa e saio ainda mais forte, mostra a sua identidade e raça aquele que é caracterizado como o bom rebelde.
Um combinado explosivo de sentimentos num jogador que mostra o que é em todas as situações, dentro e fora das quatro linhas de jogo.

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