17/10/08

"O "bê-á-bá" para quem troca o básico por acessórios" - Crónica d'O Jogo de Hugo Sousa

Depois do que se viu com a Albânia, talvez não seja má ideia redescobrir o "bê-á-bá" do futebol. E, dentro desse espírito, olhar para o que disse ontem Jesualdo Ferreira com outra atenção. Passando os olhos ao de leve, os princípios individuais e colectivos que enumerou parecem básicos; analisando-os calmamente, também. Ora, esquecer o básico e investir no acessório - e, já agora, nos acessórios - tem sido um hábito bem português. Da selecção portuguesa, em concreto, mas não só. Jesualdo sublinhou a importância de ter jogadores desprendidos de vaidade. Pelo menos um. Coisa que Carlos Queiroz também gostaria e não tem. Outra coisa que não tem é um grupo com capacidade de encaixe às críticas, outro dos velhos problemas tipicamente portugueses. Na Selecção e nos clubes. Ronaldo, por exemplo, passou apressado pela zona mista; tinha um avião para apanhar, justificou-se. Tinha também um empate inesperado para explicar.

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