16/07/08

"Empatas" Crónica d'O Jogo de Jorge Maia

Talvez sejam as minhas mil e duzentas dioptrias a fazer das suas, mas não consigo olhar para a decisão do Tribunal Arbitral de Desporto como uma verdadeira vitória do FC Porto. O direito de disputar a Liga dos Campeões foi conquistado pelo tricampeão nacional nos relvados há muito tempo, ainda antes do final da última temporada. Ontem, o TAS e a UEFA limitaram-se a confirmar essa conquista. A carimbá-la, por assim dizer. Apenas isso e nada mais. Nesse sentido, nem sequer se pode falar de verdadeiras derrotas para o Benfica e o Guimarães, pelo menos nada que se pareça com os verdadeiros atropelamentos que ambos sofreram cada vez que se cruzaram com o FC Porto nos relvados durante o último campeonato. Na verdade, se o FC Porto não tinha nada a ganhar em Lausana, o Benfica e o Guimarães não tinham nada a perder. Pior do que estavam e pior do que tinham conseguido por estrito mérito desportivo não podiam ficar. E não ficaram. Quando muito, podem lamentar terem de pagar as custas do processo. De resto, estão nos lugares que fizeram por merecer ao longo do último campeonato. E é assim que, bem vistas as coisas, se conclui que todo este processo não passou de uma enorme perda de tempo, de energia e de credibilidade do futebol português. O que não significa que tudo tenha ficado na mesma. O Guimarães afastou-se do FC Porto e aproximou-se do Benfica. Pelo caminho, esquecidas, ficaram as acusações de tráfico de influências e viciação de resultados que Luís Filipe Vieira apontou aos vimaranenses no final da última temporada, quando as duas equipas discutiam o terceiro lugar. Nada que não possa voltar a ser verdade amanhã…

Meta
Queremos chegar mais longe na Champions.
Lino, jogador do FC Porto

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